segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A influência da leitura : O suicídio de Werther




OBRA DE BONDEZAN-(WERTHER E CHARLOTTE BUFF)
Técnica-( Tinta Acrílica Sobre Papel Telado )

No século XIX, aconteceram diversos casos de suicídio entre os jovens na Europa. Muitas pessoas associaram estas mortes com a leitura do romance de Goethe, "Os sofrimentos do jovem Werther", no qual um jovem se suicida por não ter seu amor correspondido. 
O suicídio de Werther foi inspirado pelo suicídio verídico de Karl Wilheim Jerusalem, um conhecido tanto de Goethe como de Kestner. Tal como o Werther do livro, Jerusalem era um pintor taciturno que apreciava grandes caminhadas solitárias. O criado de Jerusalem o encontrou morto. A notícia de sua morte causou forte impacto em Goethe; o escritor se identificava intensamente com o amor não correspondido e com o consequente desespero de Jerusalem. Era Jerusalem quem exibia o vestuário “ao estilo britânico” de Werther – casaco azul até os joelhos, colete de couro amarelo, calças de montaria e botas altas, também muito copiado pelos jovens da época.

O romance foi escrito como uma série de cartas de Werther a seu amigo Wilheim. Tais cartas descrevem, em sequência, os dezoito meses de amor enlouquecido e não correspondido de Werther por Lotte, uma moça comprometida, que sempre conversava e fazia longas caminhadas, mas que nunca lhe dera esperança de amor. Quando Werther se torna tão insensato, a ponto de não poder seguir trocando correspondência, Goethe assume o papel de editor e descreve os sentimentos íntimos do personagem à medida em que este se aprofunda num abismo em direção ao suicídio.

O livro influenciou grandemente o público. Por toda a Alemanha jovens começaram a imitar o estilo de vestir de Werther. Os românticos escreviam poemas inspirados na história; pinturas e litografias de Charlotte chorando na tumba de Werther tornaram-se comuns. Wetzlar começou a aparecer em guias turísticos que mostravam o túmulo de Jerusalem e outros pontos de referência mencionados no livro. Napoleão afirmava ter lido Werther sete vezes.
 Sobreveio uma epidemia de suicídio de jovens enfadados. Ainda que Goethe não se considerasse responsável pelo suposto aumento de suicídios, em uma edição posterior acrescentou um poema ao final do relato, no qual o fantasma de Werther sugeria ao leitor que não seguisse seu exemplo. O livro acabou
 sendo proibido em vários países.

A esta influência, convencionamos chamar de Efeito Werther. Outro nome seria o efeito-imitação. Claro, a gigantesca maioria das pessoas não imitou o suicídio divulgado e as pessoas, idosas ou não, continuaram vivendo suas vidas. O que diferencia os "influenciáveis" dos demais?

Acontecimentos semelhantes já ocorreram diversas vezes durante a história. Na música, o rock já foi tido como uma má influência para os jovens, por levá-los a cometer atos de violência e consumir drogas, assim como filmes relacionados a lutas, guerras, assaltos também preocupam pais e educadores sobre esta possível má influência.
Mas será que Goethe teve esta intenção quando escreveu uma das maiores histórias de amor da literatura mundial?

Na realidade Werther oferece muito mais do que uma simples tragédia de amor, ele mostra uma grande crítica dos problemas de sua época, proporcionando uma crítica mordaz de seus contemporâneos na alta sociedade. Mas as intenções de Goethe foram ainda mais profundas. Em sua representação do amor apaixonado, ele mostrou a contradição insolúvel entre o desenvolvimento da personalidade e da sociedade burguesa.
Um bom leitor, que percebe as intenções do autor não se influencia pelo suicídio, mas sim, analisa os motivos que levaram o jovem Werther a este trágico fim. Para reafirmar esse argumento transcrevo as próprias palavras do autor:
"A natureza humana (...) tem seus limites: pode suportar a alegria, o sofrimento, a dor até certo ponto, arruina-se, porém, mal ele seja ultrapassado. Assim, a questão não é ser-se fraco ou forte, mas conseguir suportar a medida do seu sofrimento, seja moral ou físico. E acho tão estranho chamar covarde a quem põe fim à própria vida como a quem morre de febre maligna".
                           Goethe, A paixão do jovem Werther

Massenet amava o livro de Goethe e afirmava que escrever “Werther” havia sido uma das experiências mais fascinantes de sua carreira. Chegou a declarar: “Em ‘Werther’ coloquei toda minha alma”. O compositor triunfou verdadeiramente ao captar a essência da obra prima da literatura alemã em uma ópera francesa – uma façanha excepcional.



Obra completa para download em pdf
Os sofrimentos do jovem WERTHER

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Sala de Leitura e Arte motiva alunos



O projeto Sala de Leitura e Arte surgiu da ideia de se criar um espaço lúdico, destinado ao ensino motivador e como forma de extensão dos trabalhos desenvolvidos nas disciplinas de Literatura e Arte. O professor Antônio Carlos (Arte) e eu ( Língua Portuguesa),  temos por objetivos: despertar o prazer pela leitura, sedimentar o gosto pela pesquisa,  a formação do leitor e  a produção de textos. Além de criarmos por intermédio de um ambiente motivador e eficaz, atividades lúdicas incentivando a criatividade artística dos alunos do Ensino Fundamental e Médio.


Idealizamos o espaço contendo um pequeno acervo de livros, revistas e telas representativas de obras famosas, como também os trabalhos expostos feitos pelos alunos. Assim, criamos um ambiente diferenciado em que os alunos sentem-se motivados para qualquer atividade nas disciplinas de Arte, Literatura, Língua Inglesa, Educação Física com a dança. Outras disciplinas também utilizam esse espaço, quando desenvolvem atividades como: Seminários, Debates, palestras, leitura, pintura, sessão de filmes, audição de música, etc.


Os resultados que esperávamos estão sendo alcançados a partir dos seguintes indicadores:

_ Apoio da Direção e equipe pedagógica aos professores na organização do espaço de Leitura e Arte e aumento do uso da biblioteca do colégio.

_ Observa-se um aumento significativo da Leitura por prazer;

_ Os alunos passaram a solicitar aquisição de obras de seus autores preferidos ou coleções específicas;

_ Diversidade do repertório de histórias indicadas como suas favoritas;


_ Leitura a partir da observação das imagens em telas ou ilustrações de livros ou poesias.

_ Manuseio de revistas presentes neste espaço de leitura.

_ Articulação do texto com a imagem, apreciação das ilustrações, socialização de sentimentos e percepções a partir do texto;

_ Presença de leitores modelos dentro da sala de aula.

_ Aumento da circulação de livros e de materiais escritos na sala de aula, expostos de maneira acessível aos alunos;

_ Valorização da leitura de poesias e em memorizá-las;

_ Interesse em produzir peças teatrais a partir das obras literárias;

_ Interesse em conhecer e praticar a arte da dança clássica e moderna.

_ Observa-se, também, um grande prazer em estar neste espaço.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Felicidade Clandestina


ASSISTA:

“Talvez não haja na nossa infância dias que tenhamos vivido tão plenamente como aqueles que pensamos ter deixado passar sem vivê-los, aqueles que passamos na companhia de um livro preferido” (PROUST)



Clarice Lispector, no conto “Felicidade Clandestina”, narra o êxtase “puríssimo” da protagonista, ao deitar-se na rede com Reinações de Narizinho, depois de tantas tentativas frustradas para conseguir o livro tão desejado.
 Enfoca a infância da escritora: seu amor pelos animais e sua paixão pelos livros.
 O filme "Clandestina Felicidade" reúne alguns contos/crônicas de quando criança na cidade do Recife na década de 20. Olhar curioso, perplexo, e descoberta do mundo na menina Clarice. O curta baseia-se em dois contos de Clarice Lispector : Felicidade Clandestina (que dá nome ao filme) e Restos de Carnaval. Beto Normal e Marcelo Gomes, os diretores do curta, fazem uma mistura desses dois contos.


O curta começa mostrando imagens do Recife e o dia-a-dia da personagem principal, Clarice, brincando de amarelinha em frente à igreja de São Pedro, depois, em sua casa no balanço. Conversando com as suas galinhas, que considerava suas amigas, ela fala das histórias dos livros que leu.

O curta é bastante interessante, pois, conhecemos um pouco dos sentimentos de infância da brilhante escritora Clarice Lispector, e, percebemos que seu fascínio pela leitura nasceu desde pequena. Excelente para se desenvolver  ao lado do texto escrito, uma sequência didática em aulas de Literatura.

sábado, 7 de novembro de 2009

A Festa da Liberdade



Trabalhadores instalam o dominó gigante que será derrubado para comemorar  os 20 anos da queda do Muro de Berlim, nesta segunda-feira, dia 09 de novembro.

O Muro de Berlim (em alemão: Berliner Mauer) foi uma barreira física separando Berlim Ocidental da República Democrática Alemã (RDA) (Alemanha Oriental), incluindo Berlim Oriental. Ambas as fronteiras passaram a simbolizar a cortina de ferro entre a Europa Ocidental e Oriental e, finalmente, entre E.U.A. e da União Soviética, por mais de um quarto de século, desde a construção que começou  no dia 13 de agosto de 1961 até o  dia 9 de novembro de 1989.
 Muitas famílias foram separadas, enquanto berlinenses orientais empregados no Ocidente se separaram de seus trabalhos; Berlim Ocidental tornou-se um enclave isolado em um terreno hostil. Além disso, a cadeia de cercas, muros, campos de minas e outros obstáculos foram instalados ao longo da fronteira alemã entre Alemanha Oriental e Ocidental.  A grande maioria dos alemães orientais já não podia viajar ou emigrar para a Alemanha Ocidental.
Quando o governo da Alemanha Oriental anunciou em 9 de novembro de 1989, após várias semanas de distúrbios civis, que todos os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental e Berlim Ocidental, multidões de alemães orientais subiram e atravessaram o muro, juntaram-se aos alemães ocidentais, do outro lado em uma atmosfera de celebração. Na noite de 9 de novembro de 1989, "cai" o infame MURO de Berlim, o maior símbolo da Guerra Fria, que dividia a cidade de Berlim ao meio. Ao longo das próximas semanas, as partes da parede foram sendo destruidas  pelo povo eufórico e por caçadores de souvenirs, equipamentos industriais mais tarde foram usados para remover quase todo o resto. A queda do Muro de Berlim, abriu o caminho para a reunificação alemã, que foi formalmente celebrada em 3 de outubro de 1990.
Para comemorar o fim da cortina de ferro, estão sendo organizados eventos culturais, batizados de "Festa da Liberdade".  Uma das comemorações será  a derrubada de um dominó gigante que, ao longo de 1,5 quilômetro, acompanhará o antigo traçado do muro.

O documentário abaixo não está legendado, mas vale a pena assisti-lo porque contém cenas reais do povo quando se depararam com a situação política imposta.

Da queda do muro à reunificação
Esse vídeo tem cenas ótimas:

sábado, 31 de outubro de 2009

Os Beatles


A questão de escolher a maior banda ou qual foi a maior banda de todos os tempos é sempre polêmica e controversa, porque normalmente aos amantes da música a banda/música fala ao coração. A verdade é que se gostos não se discutem é indiscutível, mas por outro lado nem toda a música tem a mesma qualidade em termos de execução e isso pode ser mensurável.
Introduzo este tema e coloco minha posição, afirmando ser os Beatles a melhor banda, pois considero que nenhuma outra banda atingiu a genialidade dos Beatles, nem o seu nível de influencia sobre outros músicos. Influenciaram também as vestimentas, os cortes de cabelo e forma de ser dos jovens daquela geração. Com mais de um bilhão de álbuns vendidos em todo o mundo, sendo que 20 músicas atingiram o primeiro lugar nas paradas apenas nos Estados Unidos da América - números considerados um recorde até os dias atuais. Todas composições eram próprias, como: "She Loves You", "I Want To Hold Your Hand", "Can't Buy Me Love", "Help", "Yesterday", "Hey Jude", "All You Need Is Love" e "Let it Be" entre outras. Foi esse sucesso estrondoso que inspirou a criação do termo beatlemania
Em 1966, em uma entrevista, John Lennon declarou que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo, fato que gerou muitos protestos.
Em uma entrevista de John em 1970, afirma que o Sonho Acabou, que os Beatles não existem mais e não tem mais planos para gravarem juntos... Mas o sonho continuou até 1980.
Nesta época, quando milhões de pessoas gostariam de vê-los novamente, tocarem juntos mais uma vez.... Não deu, pois um episódio muito triste aconteceu em 1980, John Lennon foi assassinado em Nova Iorque, o que acabou definitivamente com o sonho de milhares de fãs de vê-los.
Mesmo assim, quando até hoje ouvimos os acordes finais de 'The End', no final do disco Abbey Road. Dá para pensar no legado que esse grupo deixou para nós. Hoje temos muitas bandas geniais e poderia enumerá-las, mas sei que elas próprias têm “The Beatles” como ponto de referência para os seus estudos.
Por tudo isto e por muito mais, acho que os Beatles foram a melhor banda de sempre. Claro que temos que verificar a época em que produziram sua arte e o que representavam na época, para compreender a grandeza dos Beatles.
Felizes somos nós, jovens da geração de 70, que tivemos os Beatles.

She Loves You: escrito por John Lennon e Paul McCartney

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Como se tornar um escritor


Dicas que podem ajudar você a se tornar um melhor escritor:
1. Torne-se um blogueiro.
2. Use um limite de palavras.
3. Aceitar todas as formas de crítica construtivas.
4. Leia o que você escreveu várias vezes, até que você não encontre mais problemas.
5. Mostre o que você escreve para um amigo de confiança.
6. Faça sempre um rascunho.
7. Quando editar, se achar necessário, modifique, novamente.
8. Viver intensamente e sendo observador.
9. Esteja aberto, curioso, presente e engajado.
10. Faça uma pausa entre a escrita e edição.
11. Aprenda uma palavra nova por dia e utilize-a pelo menos em três situações.
12. Escreva em diferentes gêneros: blog, poemas, contos, ensaios.
13. Tenha um bom livro de gramática para tirar dúvidas.
14. Escrever concentrado.
15. Desafie-se: escreva sobre vários temas.
16. Faça uma viagem: praia, viagens de ônibus, viagens de avião.
17. Assista filmes. Você pode escrever a história melhor?
18. Escrever. E em seguida, escrever um pouco mais.
19. Ler, pensar, ler, escrever, refletir, escrever - e ler um pouco mais.
20. Leia as suas coisas em voz alta.
21. Volte e reduza 10% de palavras.
22. Converse com as pessoas.
23. Ouça como as pessoas falam.
24. Leia lotes de livros. Ambos os bons e maus.
25. Faça anotações de suas ideias brilhantes.
26. Veja vídeos sobre dicas de escrita.
27. Use frases simples, sentenças declarativas.
28. Evite a voz passiva.
29. Limitar o uso de adjetivos e advérbios.
30. Quando em dúvida, elimine.
31. Ser inspirado por outras formas de arte - música, dança, escultura, pintura.
32. Leia as suas coisas antigas e reconhecer o quão longe você veio - e quão longe você tem que ir.
33. Escreve para a publicação, mesmo que seja apenas para o periódico local ou um blog de pequeno porte.
34. Escreva na parte da manhã.
35. Diga a todos: "Eu sou um escritor."
36. Reconheça seu medo e supere.
37. Deixe em descanso artigos e, em seguida, voltar a eles com olhos frescos.
38. Comente sobre os seus blogs favoritos.
39. Mantenha um diário para manter a escrita.
40. Use um diário para resolver os seus pensamentos e sentimentos.
41. Conheça alguém diferente de você e refleta sobre a experiência.
42. Tente novas ideias ou hobbies.
43. Leia as obras de diferentes culturas.
44. Repensar o que é 'normal'.
45. Elabore títulos brilhantes.
46. Verifique se suas suposições estão certas.
47. Aderir a um grupo de escrita.
48. Escreve durante sua hora mais produtiva do dia.
49. Designar tempo à investigação.
50. Traçar um cronograma de escrever para seu projeto e cumpri-lo.
51. Pedir a alguém para revisar.
52. Ruptura de fora de sua zona de conforto.
53. Escrever no local. Se você quiser escrever sobre uma praia, pegue um tapete de piquenique e vá escrever pelo mar.
54. Vá ao supermercado, a sala de aula, um local da sua casa. Tome nota dos detalhes sensuais, a atmosfera, as pessoas.
55. Comece com metáforas e histórias.
56. Desconstruir e analisar livros e artigos que você gosta.
57. Socializar com outros escritores.
58. Faça uma nota de ideias para o desenvolvimento futuro antes de deixar um pedaço para amanhã.
59. Assumir riscos - não ter medo de choque. Você não é quem você pensa que é.
60. Se tiver outras ideias, adiciona-as na seção de comentários!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Trilha Sonora de Lua Nova


O mais esperado filmes deste final de ano, sem dúvida é Lua Nova. Enquanto músicas românticaaguardamos a sua estreia, podemos ouvir a trilha queembalará o filme. São músicas inéditas de Thom Yorke, The Killers, além de gravações de Muse e Editors, entre outros.
O primeiro single da trilha sonora, a inédita “Meet Me on the Equinox” da banda Death Cab for Cutie, já foi lançado oficialmente. Infelizmente, Paramore ficou fora desta vez, mas Muse continua com uma participação.
1. Death Cab For Cutie – “Meet Me On The Equinox”
2. Band Of Skulls – “Friends”
3. Thom Yorke – “Hearing Damage”
4. Lykke Li – “Possibility”
5. The Killers – “A White Demon Love Song”
6. Anya Marina – “Satellite Heart”
7. Muse – “I Belong To You (New Moon)”
8. Bon Iver and St. Vincent – “Roslyn”
9. Black Rebel Motorcycle Club – “Done All Wrong”
10. Hurricane Bells – “Monsters”
11. Sea Wolf – “The Violet Hour”
12. OK Go – “Shooting The Moon”
13. Grizzly Bear – “Slow Life”
14. Editors – “No Sound But The Wind”
Ouvi a trilha no blog "Mescla Cultural", se quiser ouvir também, clique aqui. Ou se preferir, a trilha pode ser acessada aqui, no Vagalume.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Casamento da dona baratinha (a versão de João de Barro!)


Sempre contei histórias infantis para os meus filhos. Mas hoje, a minha mais nova tem 12 anos e começou a se interessar por histórias desde os 2 anos. Antes de dormir, contava-lhe histórias que ouvia ou lia quando criança e outras inventadas por mim, e justamente as inventadas que ela mais gostava. Depois comecei a ler histórias o que despertava nela muita curiosidade e interesse pela leitura. Com isso, ela continua lendo todo tipo de livros e revistas, sozinha, e de vez em quando ainda pede para eu contar-lhe algumas que ela mais gosta. Acho que deve ser pelo fato de que eu na hora de contar faça muitas micagens e utilize várias mudanças na voz (procurando imitar os bichinhos das histórias).
Isto foi, e é muito importante no desenvolvimento de seu vocabulário e da escrita. Ela fala corretamente e com poucos erros ortográficos. Tem dois blogs e está escrevendo um livro, baseado em um sonho, pode?
Engraçado, que ontem, por acaso encontrei a historinha preferida dela. Fazia muito tempo que eu tinha lido ou ouvido, não me lembro ao certo. Só sei que quando achei, não via a hora de mostrar-lhe, pois o vídeo tinha a história completa e com uma voz bem do jeito que eu faço quando lhe conto. (Reparem na voz da dona Baratinha). Vale à pena ouvi-la e também pode ser trabalhada até na 5ª série. As crianças vão amar.

Casamento da Dona Baratinha - parte 1

Um dia Dona Baratinha encontrou uma moeda no chão e resolveu se casar. Apareceram muitos pretendentes, o Boi, o Burro, o Cabrito...mas dona baratinha não gostou de nenhum . Até que apareceu o elegante doutor ratão. Este sim era muito delicado e dona baratinha decidiu casar com ele. E preparou a maior festa, tinha até feijoada com toucinho. Mas foi ai que aconteceu o grande desastre. O doutor Ratão não resistiu ao cheiro de toucinho e caiu dentro da panela justo no dia do casamento. Não morreu, mas ficou feio e nojento. E acabou o casamento. Muito tempo se passou, mas dona baratinha ainda esta procurando alguém para se casar.


A baratinha, coitada, só pensava em se casar. Queria encontrar um bicho pra poder desencalhar. Mas ela era exigente, nem todo bicho servia. Ela queria saber que barulho ele fazia...
Casamento da Dona Baratinha - parte 2

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

New York, New York (300ª postagem)


O filme:

Já assisti muitos clássicos do cinema, mas ainda não tinha visto este espetáculo da sétima arte. Foi bom, porque assim algo de bom dos anos 70 ainda estava por vir.
Martin Scorcese em New York, New York, mescla a exuberância e alegria dos musicais com uma história de amor realista e pouco romântica, fazendo um dos filmes mais famosos dos anos 70. O enredo inicia-se em Nova York, 1945, fim da II Guerra Mundial. Jimmy (Robert De Niro), um saxofonista excêntrico, conhece a cantora Francine (Liza Minnlli). Ele a corteja, ela resiste. O trabalho faz com que se encontrem novamente, dando início a um relacionamento cheio de altos e baixos que se mistura com a batalha por suas carreiras. Mas quando estão juntos o ar enche-se de magia e a temperatura sobe. E quando ele toca e ela canta, levam Nova Iorque ao êxtase! É o começo de uma tempestuosa relação que irá testar a capacidade de cada um em equilibrar a paixão que sentem pelo jazz com o amor que sentem um pelo outro.
Filme vencedor de um Óscar da Academia Liza Minnelli e Rober De Niro, neste exemplar filme sobre o panorama de jazz Nova Iorquino. Apresentando uma inesquecível banda sonora original de John Kander e Fred Ebb (Chicago, Cabaret) e introduzindo a canção mundialmente famosa da cultura popular, New York, New York é uma homenagem sofisticada e deslumbrante à cidade que nunca dorme.
Curiosidade:
O Robert De Niro aprendeu a tocar saxofone pouco antes das filmagens, para dar maior veracidade ao seu personagem; apesar disso, o som que se ouve no filme não é feito por ele, que foi dublado pelo companheiro de elenco Georgie Auld.


A música
New York, New York é a música tema do filme "New York, New York" do ano de 1977. A canção foi composta por John Kander e Fred Ebb. Foi o tema escolhido para a atriz Liza Minnelli, e desde então se tornou sua "marca registrada", estando presente em todos os seus shows. Inclusive a atriz e cantora a cantou durante os Jogos Olímpicos de 1984, acompanhada por 24 pianos.

Tradução

New York, New York
Comece a espalhar a notícia, estou partindo hoje
Eu quero ser parte dela
Nova Iorque, Nova Iorque
Estes sapatos de vagabundo, estão desejando passear
Bem correto ao melhor coração de, Nova Iorque, Nova Iorque
Eu quero acordar na cidade que nunca dorme
E descobrir que sou o rei da montanha - O maioral
Estes blues de pequenas cidades do interior se derretendo
Eu farei um novo recomeço nela - Na velha Nova Iorque
Se eu conseguir lá, eu consigo em qualquer parte
Só depende de você, Nova Iorque, Nova Iorque
Nova Iorque... Nova Iorque
Eu quero acordar na cidade que nunca dorme
E descobrir que sou o número um, no topo da lista
Rei da montanha, um número um
Estes blues de pequenas cidades do interior se derretendo
Eu farei um novo recomeço nela - Na velha Nova Iorque
Se eu conseguir lá, eu consigo em qualquer parte
Só depende de você, Nova Iorque - Nova Iorque

(Esta música é um verdadeiro hino à cidade de Nova Iorque).

sábado, 17 de outubro de 2009

Oscar Niemeyer: Mestre da forma

Na década de 1950, o Brasil decidiu que seria uma ideia perfeitamente razoável mover a capital para o centro do planalto, interior do país. Para facilitar este esforço apreciável convocaram Oscar Niemeyer, defensor da arquitetura moderna ao lado de seu amigo Le Corbusier, que co-projetou o edifício da ONU em Nova York, para construir uma cidade no meio do Planalto.

Sua estética arquitetônica gira em torno de projetos e por simetria usando apenas a intuição.Em outros casos, ele começa uma ideia com um simples desenho em preto e branco (na verdade, seu escritório tem um arquivo considerável de esboços).