sábado, 28 de novembro de 2009

Epígrafes da saga "Crepúsculo"


Assisti ao filme "Lua Nova", domingo. Fiquei impressionada em como esta obra conseguiu atingir uma fatia de leitores que estava esquecida: os (as) adolescentes. Durante o filme elas gritavam, e sabiam cena a cena o que estava por vir, pois já haviam lido a obra.
No colégio onde eu trabalho solicitei ao diretor a aquisição da saga completa. Ele prontamente comprou-os e os alunos fazem listas para leitura e comentam entusiasmados o enredo, descrição dos personagens, os filmes baseados na obra e a trilha sonora que eu também adoro.
O que mais chamou minha atenção foram as epígrafes que a autora escolheu para cada obra. Elas dão pistas da sua temática e em alguns percebemos as  obras clássicas que influenciaram a autora.

A epígrafe do Crepúsculo provém do primeiro livro da Bíblia – Gênesis(o Livro das Origens) 2:17.
“Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, tu não poderás comer dela: no dia em que tu comeres tu poderás certamente morrer. ”
Por isso a maçã na capa. Diz a autora que também foi influenciada pela obra de Jane Austin: "Orgulho e Preconceito", um pouco da personalidade de Mr. Darcy em Edward e Elizabeth Bennett em Bella

Em Lua Nova, ela selecionou excertos de Romeu e Julieta, de William Shakespeare, Ato II, Cena VI.

“Estas alegrias violentas têm fins violentos
Falecendo no triunfo, como fogo e pólvora
Que num beijo se consomem.”
Há várias passagens na obra que sugerem a influência de Romeu e Julieta de Shakespeare. Assistiram o vídeo no dia do aniversário de Bella.

No Eclipse temos a reprodução do poema “Fogo e Gelo”, de Robert Frost:

 Fire and Ice

SOME say the world will end in fire,
Some say in ice.
From what I’ve tasted of desire
I hold with those who favor fire.
But if it had to perish twice, 5
I think I know enough of hate
To know that for destruction ice
Is also great
And would suffice.

Robert Frost (1874–1963). Miscellaneous Poems to 1920. 1920

Também há influência de de Emily Brontë: "O Morro dos Ventos Uivantes". A relação amor além da morte, muito forte nas duas obras. Bella gostava tanto de ler esta obra que Edward acabou lendo o livro enquanto ela dormia.

Por último, no "Amanhecer", a  epígrafe escolhida foi   uma citação da poeta americana, Edna St. Vincent Millay como sua epígrafe:
 “A infância não é do nascimento até uma certa idade e em uma certa idade. A criança é crescida, e coloca fora coisas infantis. A infância é o reino onde ninguém morre.”
Toda esta dialogia é muito positiva, pois muitos jovens já estão a caça das obras citadas pela autora e isto para nós, professores de Literatura, é um forte aliado para nossas aulas.
E você já conhece estas obras famosíssimas da literatura clássica citadas pela autora na saga de  Stephenie Meyer ?

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Luís Gama: O precursor da Consciência Negra


Uma prateleira da minha biblioteca está reservada para os poetas brasileiros. Não são muitos, e os que não pretendo reler estão atrás. Às vezes, de acordo com meu estado de espírito, mudam de lugar. Há alguns que já mudaram várias vezes. Este volume do qual venho tratar aqui e que considero muito, entrou hoje na fileira da frente ( preciso comprar outra estante) espero que continue lá até, o dia de passar para os meus filhos como fez meu pai e minha mãe, que o deixaram para mim. A obra referida é: Primeiras Trovas Burlescas e Outros Poemas de Luís Gama

Hoje, no dia 20 de novembro, abri o volume e lendo alguns poemas pensei em fazer uma pesquisa sobre ele. São muitas informações, mas o mais interessante é destacar que na literatura de consciência negra no Brasil a primeira figura de importância é dele, uma posição igualmente única em nossa literatura, a posição, aliás insuficientemente reconhecida, de ser o nosso primeiro (no sentido da grandeza) e mais alto poeta satírico, mesmo vivendo entre os românticos seu trabalho se distingue em estilo e criticidade. Um exemplo está no poema: "Meus Amores", inserido nas Primeiras Trovas Burlescas a partir da terceira edição (1904), que Luís Gama define claramente um tipo de beleza absolutamente em contradição aos cânones românticos:

Meus amores são lindos, cor da noite
Recamada de estrelas rutilantes;
Tão formosa creoula, ou Tétis negra,
Tem por olhos dois astros cintilantes.

Em rubentes granadas embutidas
Tem por dentes as pérolas mimosas,
Gotas de orvalho que o universo gela
Nas breves pétalas de carmínea rosa.

Os braços torneados que alucinam,
Quando os move perluxa com langor.
A boca é roxo lírio abrindo a medo,
Dos lábios se destila o pato olor.

O colo de veludo Vênus bela
Trocara pelo seu, de inveja morta;
Da cintura nos quebros há luxúria L
Que a filha de Cineras não suporta.

A cabeça envolvida em núbia trunfa,
Os seios são dois globos a saltar;
A voz traduz lascívia que arrebata,
- E coisa de sentir, não de contar.

Quando a brisa veloz, por entre anáguas
Espaneja as cambraias escondidas,
Deixando ver aos olhos cobiçosos
As lisas pernas de ébano luzidias (...)

Pelo exemplo acima podemos notar que ele é o único de nossos intelectuais a tomar uma atitude de equilíbrio, ao afirmar a participação negra, pelo uso de uma estética que privilegia o elemento negro, e pela inserção em sua poesia de um significante acervo do léxico afro-brasileiro.

Quase todos os biógrafos preferem descrevê-lo apenas como homem de caráter muito "bondoso", vitimado pelo pai que o vendeu aos 10 anos de idade, e dedicado a uma luta humanitária em prol de outros escravos.
O esquecimento de Luís Gama deve-se, em grande parte, a dois fatores fundamentais que regem a interpretação da História do Brasil:
1.  A oficialização de um grupo de abolicionistas brancos ("13 de maio") como únicos responsáveis pelo movimento e consequente desconhecimento do esforço negro ("Zumbi") na Abolição;
2. Literariamente, a preocupação arianizante que privilegia uma ideologia indianista como formadora da identidade brasileira, em detrimento da aceitação de uma contribuição negra.
Além de fundador do Centro Abolicionista de São Paulo, Luís Gama foi um dos primeiros republicanos brasileiros. Em 1869, com anterioridade ao famoso Manifesto Republicano de 1870, já defendia "o Brasil americano e as terras do Cruzeiro sem rei e sem escravos", numa clara percepção de que o império era o sustentáculo institucional da escravatura. Quando o Partido Republicano se recusa a manifestar-se em favor da abolição completa, imediata e incondicional dos escravos em 1873, Luís Gama desliga-se dele.
Mais do que "precursor" do Abolicionismo, Luís Gama é seu verdadeiro fundador.

Esta posição original e crítica é que faz de Luís Gama uma das poucas grandes vozes do século XIX brasileiro: original, por saber abrir o caminho para uma aceitação nacional da diferença e diversidade brasileira; crítica por não deixar-se enganar pela "pepineira" geral que o circundava.

Pesquisa baseada no artigo: LUÍS GAMA E A CONSCIÊNCIA NEGRA NA LITERATURA BRASILEIRA por Heitor Martins

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Heitor Villa-Lobos: A antropofagia musical



Na semana do cinquentenário da morte de Heitor Villa-Lobos, as homenagens ao maestro se espalham pelos teatros e salas musicais.  Compositor e maestro muito respeitado e reconhecido como sendo um dos mais autênticos e criativos artistas do século 20. Descreveu e revelou musicalmente a beleza e grandeza do Brasil e dos brasileiros, usando em suas composições elementos que enalteciam o espírito nacionalista, inspirando-se nas canções folclóricas, populares e indígenas. Autor de melodias que se tornaram muito populares, como a Ária das "Bachianas Brasileiras nº 5" e o Trenzinho do Caipira - que é o movimento final das "Bachianas Brasileiras nº 2".

" Erza Pound disse que um escritor (isto se aplica também ao compositor) se divide em três categorias: 1 aquele que inventa e portanto muda a história, 2 aquele que é um mestre e consegue captar com maestria e até melhor as ideias daquele que inventou 3. Aquele que copia. Parece que Villa Lobos foi um misto de tudo isto. Difícil de catalogar, ele extrapola 'rubricas'."
Ao celebrarmos esses 50 anos de sua morte devemos, sobretudo, voltar nossa atenção não só ao compositor brasileiro Villa-Lobos, mas também aos compositores nacionais vivos, responsáveis pelo presente e futuro da música brasileira, desenvolvendo uma política cultural com o objetivo de disseminar a riqueza da arte brasileira.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A influência da leitura : O suicídio de Werther




OBRA DE BONDEZAN-(WERTHER E CHARLOTTE BUFF)
Técnica-( Tinta Acrílica Sobre Papel Telado )

No século XIX, aconteceram diversos casos de suicídio entre os jovens na Europa. Muitas pessoas associaram estas mortes com a leitura do romance de Goethe, "Os sofrimentos do jovem Werther", no qual um jovem se suicida por não ter seu amor correspondido. 
O suicídio de Werther foi inspirado pelo suicídio verídico de Karl Wilheim Jerusalem, um conhecido tanto de Goethe como de Kestner. Tal como o Werther do livro, Jerusalem era um pintor taciturno que apreciava grandes caminhadas solitárias. O criado de Jerusalem o encontrou morto. A notícia de sua morte causou forte impacto em Goethe; o escritor se identificava intensamente com o amor não correspondido e com o consequente desespero de Jerusalem. Era Jerusalem quem exibia o vestuário “ao estilo britânico” de Werther – casaco azul até os joelhos, colete de couro amarelo, calças de montaria e botas altas, também muito copiado pelos jovens da época.

O romance foi escrito como uma série de cartas de Werther a seu amigo Wilheim. Tais cartas descrevem, em sequência, os dezoito meses de amor enlouquecido e não correspondido de Werther por Lotte, uma moça comprometida, que sempre conversava e fazia longas caminhadas, mas que nunca lhe dera esperança de amor. Quando Werther se torna tão insensato, a ponto de não poder seguir trocando correspondência, Goethe assume o papel de editor e descreve os sentimentos íntimos do personagem à medida em que este se aprofunda num abismo em direção ao suicídio.

O livro influenciou grandemente o público. Por toda a Alemanha jovens começaram a imitar o estilo de vestir de Werther. Os românticos escreviam poemas inspirados na história; pinturas e litografias de Charlotte chorando na tumba de Werther tornaram-se comuns. Wetzlar começou a aparecer em guias turísticos que mostravam o túmulo de Jerusalem e outros pontos de referência mencionados no livro. Napoleão afirmava ter lido Werther sete vezes.
 Sobreveio uma epidemia de suicídio de jovens enfadados. Ainda que Goethe não se considerasse responsável pelo suposto aumento de suicídios, em uma edição posterior acrescentou um poema ao final do relato, no qual o fantasma de Werther sugeria ao leitor que não seguisse seu exemplo. O livro acabou
 sendo proibido em vários países.

A esta influência, convencionamos chamar de Efeito Werther. Outro nome seria o efeito-imitação. Claro, a gigantesca maioria das pessoas não imitou o suicídio divulgado e as pessoas, idosas ou não, continuaram vivendo suas vidas. O que diferencia os "influenciáveis" dos demais?

Acontecimentos semelhantes já ocorreram diversas vezes durante a história. Na música, o rock já foi tido como uma má influência para os jovens, por levá-los a cometer atos de violência e consumir drogas, assim como filmes relacionados a lutas, guerras, assaltos também preocupam pais e educadores sobre esta possível má influência.
Mas será que Goethe teve esta intenção quando escreveu uma das maiores histórias de amor da literatura mundial?

Na realidade Werther oferece muito mais do que uma simples tragédia de amor, ele mostra uma grande crítica dos problemas de sua época, proporcionando uma crítica mordaz de seus contemporâneos na alta sociedade. Mas as intenções de Goethe foram ainda mais profundas. Em sua representação do amor apaixonado, ele mostrou a contradição insolúvel entre o desenvolvimento da personalidade e da sociedade burguesa.
Um bom leitor, que percebe as intenções do autor não se influencia pelo suicídio, mas sim, analisa os motivos que levaram o jovem Werther a este trágico fim. Para reafirmar esse argumento transcrevo as próprias palavras do autor:
"A natureza humana (...) tem seus limites: pode suportar a alegria, o sofrimento, a dor até certo ponto, arruina-se, porém, mal ele seja ultrapassado. Assim, a questão não é ser-se fraco ou forte, mas conseguir suportar a medida do seu sofrimento, seja moral ou físico. E acho tão estranho chamar covarde a quem põe fim à própria vida como a quem morre de febre maligna".
                           Goethe, A paixão do jovem Werther

Massenet amava o livro de Goethe e afirmava que escrever “Werther” havia sido uma das experiências mais fascinantes de sua carreira. Chegou a declarar: “Em ‘Werther’ coloquei toda minha alma”. O compositor triunfou verdadeiramente ao captar a essência da obra prima da literatura alemã em uma ópera francesa – uma façanha excepcional.



Obra completa para download em pdf
Os sofrimentos do jovem WERTHER

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Sala de Leitura e Arte motiva alunos



O projeto Sala de Leitura e Arte surgiu da ideia de se criar um espaço lúdico, destinado ao ensino motivador e como forma de extensão dos trabalhos desenvolvidos nas disciplinas de Literatura e Arte. O professor Antônio Carlos (Arte) e eu ( Língua Portuguesa),  temos por objetivos: despertar o prazer pela leitura, sedimentar o gosto pela pesquisa,  a formação do leitor e  a produção de textos. Além de criarmos por intermédio de um ambiente motivador e eficaz, atividades lúdicas incentivando a criatividade artística dos alunos do Ensino Fundamental e Médio.


Idealizamos o espaço contendo um pequeno acervo de livros, revistas e telas representativas de obras famosas, como também os trabalhos expostos feitos pelos alunos. Assim, criamos um ambiente diferenciado em que os alunos sentem-se motivados para qualquer atividade nas disciplinas de Arte, Literatura, Língua Inglesa, Educação Física com a dança. Outras disciplinas também utilizam esse espaço, quando desenvolvem atividades como: Seminários, Debates, palestras, leitura, pintura, sessão de filmes, audição de música, etc.


Os resultados que esperávamos estão sendo alcançados a partir dos seguintes indicadores:

_ Apoio da Direção e equipe pedagógica aos professores na organização do espaço de Leitura e Arte e aumento do uso da biblioteca do colégio.

_ Observa-se um aumento significativo da Leitura por prazer;

_ Os alunos passaram a solicitar aquisição de obras de seus autores preferidos ou coleções específicas;

_ Diversidade do repertório de histórias indicadas como suas favoritas;


_ Leitura a partir da observação das imagens em telas ou ilustrações de livros ou poesias.

_ Manuseio de revistas presentes neste espaço de leitura.

_ Articulação do texto com a imagem, apreciação das ilustrações, socialização de sentimentos e percepções a partir do texto;

_ Presença de leitores modelos dentro da sala de aula.

_ Aumento da circulação de livros e de materiais escritos na sala de aula, expostos de maneira acessível aos alunos;

_ Valorização da leitura de poesias e em memorizá-las;

_ Interesse em produzir peças teatrais a partir das obras literárias;

_ Interesse em conhecer e praticar a arte da dança clássica e moderna.

_ Observa-se, também, um grande prazer em estar neste espaço.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Felicidade Clandestina


ASSISTA:

“Talvez não haja na nossa infância dias que tenhamos vivido tão plenamente como aqueles que pensamos ter deixado passar sem vivê-los, aqueles que passamos na companhia de um livro preferido” (PROUST)



Clarice Lispector, no conto “Felicidade Clandestina”, narra o êxtase “puríssimo” da protagonista, ao deitar-se na rede com Reinações de Narizinho, depois de tantas tentativas frustradas para conseguir o livro tão desejado.
 Enfoca a infância da escritora: seu amor pelos animais e sua paixão pelos livros.
 O filme "Clandestina Felicidade" reúne alguns contos/crônicas de quando criança na cidade do Recife na década de 20. Olhar curioso, perplexo, e descoberta do mundo na menina Clarice. O curta baseia-se em dois contos de Clarice Lispector : Felicidade Clandestina (que dá nome ao filme) e Restos de Carnaval. Beto Normal e Marcelo Gomes, os diretores do curta, fazem uma mistura desses dois contos.


O curta começa mostrando imagens do Recife e o dia-a-dia da personagem principal, Clarice, brincando de amarelinha em frente à igreja de São Pedro, depois, em sua casa no balanço. Conversando com as suas galinhas, que considerava suas amigas, ela fala das histórias dos livros que leu.

O curta é bastante interessante, pois, conhecemos um pouco dos sentimentos de infância da brilhante escritora Clarice Lispector, e, percebemos que seu fascínio pela leitura nasceu desde pequena. Excelente para se desenvolver  ao lado do texto escrito, uma sequência didática em aulas de Literatura.

sábado, 7 de novembro de 2009

A Festa da Liberdade



Trabalhadores instalam o dominó gigante que será derrubado para comemorar  os 20 anos da queda do Muro de Berlim, nesta segunda-feira, dia 09 de novembro.

O Muro de Berlim (em alemão: Berliner Mauer) foi uma barreira física separando Berlim Ocidental da República Democrática Alemã (RDA) (Alemanha Oriental), incluindo Berlim Oriental. Ambas as fronteiras passaram a simbolizar a cortina de ferro entre a Europa Ocidental e Oriental e, finalmente, entre E.U.A. e da União Soviética, por mais de um quarto de século, desde a construção que começou  no dia 13 de agosto de 1961 até o  dia 9 de novembro de 1989.
 Muitas famílias foram separadas, enquanto berlinenses orientais empregados no Ocidente se separaram de seus trabalhos; Berlim Ocidental tornou-se um enclave isolado em um terreno hostil. Além disso, a cadeia de cercas, muros, campos de minas e outros obstáculos foram instalados ao longo da fronteira alemã entre Alemanha Oriental e Ocidental.  A grande maioria dos alemães orientais já não podia viajar ou emigrar para a Alemanha Ocidental.
Quando o governo da Alemanha Oriental anunciou em 9 de novembro de 1989, após várias semanas de distúrbios civis, que todos os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental e Berlim Ocidental, multidões de alemães orientais subiram e atravessaram o muro, juntaram-se aos alemães ocidentais, do outro lado em uma atmosfera de celebração. Na noite de 9 de novembro de 1989, "cai" o infame MURO de Berlim, o maior símbolo da Guerra Fria, que dividia a cidade de Berlim ao meio. Ao longo das próximas semanas, as partes da parede foram sendo destruidas  pelo povo eufórico e por caçadores de souvenirs, equipamentos industriais mais tarde foram usados para remover quase todo o resto. A queda do Muro de Berlim, abriu o caminho para a reunificação alemã, que foi formalmente celebrada em 3 de outubro de 1990.
Para comemorar o fim da cortina de ferro, estão sendo organizados eventos culturais, batizados de "Festa da Liberdade".  Uma das comemorações será  a derrubada de um dominó gigante que, ao longo de 1,5 quilômetro, acompanhará o antigo traçado do muro.

O documentário abaixo não está legendado, mas vale a pena assisti-lo porque contém cenas reais do povo quando se depararam com a situação política imposta.

Da queda do muro à reunificação
Esse vídeo tem cenas ótimas: