terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Alice no país das maravilhas do século XXI



Em uma época em que a geração denominada por sociólogos e antropólogos de "Geração Y", com características muito diferentes daqueles jovens do século XIX,  Tim Burton resolve dirigir sua mais  "nova"  badalada produção: Alice no país das Maravilhas, baseada na história infantil de Lewis Carroll e uma das mais célebres do gênero literário, sendo considerada obra clássica da literatura inglesa e uma das obras que tiveram mais adaptações na história do cinema, TV e teatro.


Particularmente, sou apaixonada pelas produções de Tim Burton. São simplesmente fantásticas as histórias encantadas contadas em seus filmes. Exemplo disso pode ser visto em sua primeira curta-metragem Vincent, com o personagem principal baseado no ator Vincent Price. Seu apego ao horror com sua habilidade para a comédia Burton conciliou em "Os Fantasmas se Divertem" também trabalhou em Batman, que mais tarde teria a continuação Batman - O Retorno, seu projeto pessoal intitulado Edward Mãos de Tesoura e o filme A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça.
Mais tarde, Burton voltaria a animação stop-motion com A Noiva Cadáver e  regravou um clássico dos anos 60, A Fantástica Fábrica de Chocolate.
Em "Alice no país das maravilhas", o livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai em uma toca de coelho e vai parar num lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas.

Essa obra foi fundadora de um novo jeito de história, o surrealismo, e tem uma enorme importância literária, sendo uma história aparentemente infantil, porém com uma mensagem subliminar que poucos conseguem compreender. Inclusive, há muita polêmica em sua interpetação: uns dizem que é simplesmente uma história infantil que o professor de matemática Lewis Carroll, contava a sua filha, outros dizem que é uma crítica social da época em que viveu, procurando assim uma fuga da realidade e até dizem que há menção ao uso de drogas pelo autor e referências subliminares na obra. Uma das interpretações diz que a história representa a adolescência. Também é possível dizer que a obra faz referências a questões de lógica e à matemática, matéria que Carroll lecionava.
Aparentemente destinado ao público infantil, seus contos, na verdade ocultam questionamentos de toda espécie: lógicos ou semânticos, problemas psicológicos de identidade e até políticos, tudo sob capa de aventuras fantásticas.Carroll também faz alusões a poemas da era vitoriana e a alguns de seus conhecidos, o que torna a obra mais difícil de ser compreendida por leitores contemporâneos.
É um conto que marcou a infância de muitos de nós.  O filme tem previsão para estrear dia 5 março de  2010. Esse filme vale a pena assistir no cinema.
"Comece pelo começo, siga até chegar ao fim e então, pare". – Lewis Carroll em Alice no País das Maravilhas