quinta-feira, 13 de março de 2008

A Saga de Lampião


Durante uma aula, no 3º. Ano, explanando a história da guerra de Canudos, foi lembrada a vida do homem do sertão da Bahia. Suas dificuldades, seu atraso, sua valentia e conseqüentemente, a figura do cangaceiro, muito típica daquela região. E não pudemos deixar de lembrar da figura do Lampião e Maria Bonita. Ele comandou um grupo de cangaceiros fiéis.

O pai de Lampião foi morto quando Virgulino ainda era adolescente. Após a morte de seu pai, Lampião tornou-se o maior cangaceiro de todos os tempos. Durante as décadas de 1920 e 1930 percorreu sete estados do nordeste brasileiro, espalhando o terror. Era o personagem preferido de literatura de cordel, onde era mostrado como um grande herói, infalível e indomável. Relatos de suas façanhas contra as polícias chegavam aos ouvidos dos políticos, que patrocinaram uma caçada para perseguí-lo e matá-lo. Em 1938, no município de Poço Redondo, Sergipe, na fazenda Angico, Lampião foi morto por um grupamento da Polícia Militar alagoana, as chamados volantes, chefiado pelo tenente João Bezerra, juntamente com dez de seus cangaceiros, entre os quais se encontrava sua companheira, Maria Bonita, Foram todos decapitados e suas cabeças, devidamente etiquetadas, levadas como comprovante de suas mortes, foram expostas nas escadarias da igreja matriz de Santana do Ipanema. De lá foram conduzidas a Maceió e depois para Salvador. Foram mantidas, até a década de 1970, como "objetos de pesquisa científica" no Instituto Médico Legal de Salvador (Instituto Nina Rodrigues).
Embora as lendas procurem prevalecer sobre os fatos, a saga de lampião é um misto de aventura, romance, violência, amor e ódio. Suas investidas transtornaram a economia e a política nordestina. Simultaneamente odiado e idolatrado por muitos, sua presença continua viva na imaginação popular. Exerceu grande influência nas artes tais como música, pintura, literatura e no cinema brasileiro.
Uma de suas frases:
"Tenho cometido violências e depredações, vingando-me dos que me perseguem. Costumo, porém, respeitar as famílias".