sábado, 9 de agosto de 2008

EPITÁFIO


Epitáfio
Quando um homem morre é como se uma biblioteca se incendiasse.
Este foi o epitáfio que nós escolhemos para o meu pai.
Realmente, ele era uma verdadeira biblioteca.
Lendo, relendo os livros que ele me deixou, vejo tantos sonhos revelados,
compreendo o sentido de tudo o que dizia, constantemente!
Talvez, hoje eu o entenda, porque me vejo nele.
Esse silêncio do sentir herdei dele.
Emudecer diante da dor ou da extrema alegria são características nossas.
Alguns chamam de indiferença e orgulho.
Nós sabemos que não.
É apenas o nosso jeito de não incomodarmos o mundo diante da pequenez do que somos.

2 comentários:

Rodrigo Fernandes disse...

Que lindo, Miriam...
Hj, graças a Deus irei dar um abraço bem forte no meu pai... e dar valor a ele que tanto fez e fará por mim... o problema é que nem sempre damos esse devido valor quando eles ainda estão entre nós...
Pelo visto sempre existiu um amor entre vcs dois e dessa herança tão forte que ele tenha deixado pra ti...

Miriam, to com saudades de entrar aqui e encontrar textos tão bonitos e inspirados... me organizando na city nova, com certeza farei isso...
Obrigado pela força e pelas palavras...
Beijos!!!

Anônimo disse...

o silencio me ensina e e´ele que me acompanha os meus sentimentos

parabens pela poesia e que possa aprender mais e mais naquilo que seu pai lhe deixou