sexta-feira, 18 de abril de 2008

Monteiro Lobato: Uma homenagem


Um vídeo de 1978, uma época em que a Globo nos passava a série: Sítio do pica pau amarelo, numa versão bem mais fiel que as atuais. Valia a pena assistir.
Neste vídeo Emília escreve o seu texto final de suas memórias. Lindo!
Se quiser rever mais vídeos antigos e novos, como também textos referentes ao autor acesse o link abaixo:

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Esse livro eu tive muita vontade de ler:O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger


É possível que você nunca tenha lido O Apanhador. Porém, se você tem um mínimo de "antenidade" com o mundo, talvez já tenha ouvido falar deste livro no cinema, em jornal, revistas ou em outros livros. O fato é que este romance de 1951 virou lenda ao longo dos anos, e fez de seu autor, Jerome David Salinger, um dos maiores mistérios da história recente da literatura. A pequena revolução que O Apanhador causou no comportamento da juventude americana e do mundo, ecoa até hoje, fazendo parte da cultura da segunda metade do século XX.

Uma das notas tristes na "biografia" da obra é que o livro teria inspirado o maluco Mark Chapman a cometer o ato que o tornou famoso - assassinar John Lennon, em 1980. Hoje, Chapman recusa a liberdade condicional por medo das ameaças de morte.
Quando tudo isto ocorreu e fiquei sabendo da influência deste livro na decisão do assassino, quis lê-lo. Não foi fácil consegui-lo porque aqui no Brasil ele não era tão conhecido. Li-o rapidamente procurando fazer uma análise das causas desta influência. A conclusão que cheguei é que o autor somente fala da rebeldia do protagonista, mas em nenhum momento se refere a assassinatos de pessoas famosas ou não. Embora seja um hino da revolta juvenil, O apanhador no campo de centeio também é lido por marmanjos. Não é preciso ser jovem para identificar-se com o anti-herói, rebelado contra a sociedade. Em nenhum momento, contudo, o livro de Salinger faz apologia à violência ou ao ódio. O tema da rebeldia não justifica qualquer crime, ao contrário do que entendeu o assassino de Lennon. Ele levou ao pé da letra as revoltas passageiras do personagem, das quais o próprio se arrependeria. Ao contrário do criminoso, Caulfield não sofria de esquizofrenia e qualquer doença mental. Apesar de Chapman ter culpado parte do romance pelo sangue derramado, a rebeldia inaugurada na narrativa de Salinger está longe de estimular a barbárie. Logo após a morte de Lennon, as vendas do clássico dispararam, até firmar-se como best-seller e leitura obrigatória. Todo mundo queria saber quem era Holden Caulfield. O que tinha de tão curioso a ponto de inspirar um assassino?
Outro uso misterioso da obra foi no filme Teoria da Conspiração, em uma referência a Chapman traz Mel Gibson no papel de um lunático que compra todas as cópias de O Apanhador... que consegue encontrar, sem nunca ter lido o livro.
Salinger, ao escrever, não imaginava o estrondoso sucesso que viria. Se soubesse, talvez não tivesse sido capaz de criar um romance tão despretencioso e modestamente banal. Até porque levou uma vida semelhante a de seu personagem, anti-social. A narração em primeira pessoa é repleta de gírias e expressões jovens. É assim que o personagem vomita sua inocência. Embora transcorrido nos anos 50, o romance parece não ter época. Poderia ser adaptado para qualquer década posterior. A ausência de sinais do passado, exceto por uma máquina de escrever, evidencia que o romance não envelheceu como ocorre com os clássicos estabelecidos.

Depois de vender 15 milhões de exemplares e virar uma celebridade mundial, Salinger, tímido e modesto em relação a seu talento, isolou-se em uma casa no topo de uma montanha, em uma cidadezinha de mil habitantes. Diminuiu o ritmo do seu trabalho e afinal cortou qualquer contato com a mídia. Não concede entrevistas, não se deixa fotografar e nunca permitiu que nenhum dos seus livros fosse adaptado para o cinema.

terça-feira, 15 de abril de 2008

FARRAPO HUMANO


Farrapo Humano ( The Lost Weekend)

Um título muito bem escolhido em português, para se falar de um tema ( o alcoolismo) muito bem abordado neste filme. Acho até que nenhum outro já o abordou com tanto realismo. Este excelente filme só podia ser dirigido por Billy Wilder, com Ray Milland como um jornalista frustrado por não conseguir escrever, sente-se bloqueado e por isso começa sua autodestruição. As imagens mais chocantes são as visões que o alcoólatra tem (delirius tremens) , torna-se ainda mais perturbante pela trilha sonora totalmente lúgubre. Ganhou quatro Oscars no ano de 1945.
Billy Wilder relatou que a indústria de bebidas alcoólicas estadunidenses tentaram impedir a realização do filme, oferecendo-lhe cinco milhões de dólares, mas Billy previu que este filme ganharia muitos prêmios. O ator Ray Milland fez um laboratório para se preparar bem, passando uma noite em um hospital como paciente de alcoolismo e ficou sem comer para que sua imagem parecesse debilitada. Pode e deve ser explorado como meio didático em colégios onde há este tipo de problema. Adquiri este filme em DVD. É um daqueles que não pode faltar na coleção de um cinéfilo.


Assista a cena onde o personagem sofre uma crise de Delirius tremens :

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Vergonha Com Legendas - Ídolos - Hino Nacional do Brasil

Esse é o perfil da maioria dos brasileiros. Se for pedido a qualquer um que cante o Hino Nacional é possível que cantem assim : como estes calouros do programa "Idolos".
Confiram e chorem...

domingo, 13 de abril de 2008

Conto de Fadas para Mulheres do Século 21

Recebi este conto de fadas da minha querida amiga Mara, só podia ser dela mesmo, pois é uma pessoa muito especial que conheci no PDE. Amiga, este post dedico a você.

Era uma vez, numa terra muito distante,uma linda princesa, independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã. Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
__ Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas, uma bruxa málançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. Aminha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar,
lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre... E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava:
'Nem fo....den...do!'
(Luís Fernando Veríssimo)

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Triste Fim de Policarpo Quaresma


Análise da obra

Triste Fim de Policarpo Quaresma é a obra mais famosa de Lima Barreto e podemos considerá-la uma grande obra literária, condensa em si muitas das características que consagraram seu autor como o melhor de seu tempo. Registra as transformações sociais em uma época de início da República. Mais precisamente o governo de Floriano Peixoto, onde faz duras críticas (1891 - 1894).
Se formos estudar o dialogismo de Bakhtin em Triste Fim de Policarpo Quaresma, veremos muito da pluridiscursividade em vários dos temas abordados, como as variações geográficas, sexualidade, classes sociais, artes, conflitos internos, a valorização da modinha. Por ser um romance polifônico, pois contém as vozes das variadas classes sociais, Lima Barreto utiliza-se de uma infinidade de tipos para mostrar as tensões pela qual passaram esta geração. Quebra conceitos positivistas republicanos como “Ordem e Progresso”, da Bandeira Nacional , quando apresenta o hospício questionando a sanidade e a loucura, a ordem e o silêncio do interior do hospício é um exemplo claro da pluridiscursividade do discurso de Lima Barreto, por isso Policarpo é apresentado ironicamente, no início, mas ao longo da narrativa, vai crescendo e seu idealismo não é completamente rejeitado. Parodiando o nacionalismo ingênuo, fanatizante e xenófobo do romantismo o Major Policarpo Quaresma, apavorado com a descaracterização da cultura e da sociedade brasileira, modelada em valores europeus inicia o que os primeiros modernistas apresentaram: a valorização do nacional e revela uma nova consciência das questões nacionais além de preparar um caminho para os primeiros debates. Marca um divisor entre as obras literárias do século XIX e as do século XX




Se quiser fazer a leitura da obra acesse o link:
http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/quaresma.html

quinta-feira, 10 de abril de 2008

RAMBO IV


Gostei de rever o Rambo! Sem dúvida foi o mais violento de todos e talvez o mais violento que já assisti! Mas era o que eu esperava mesmo! Stalone consegue ser ele mesmo sem se importar para críticas e prêmios, sempre os mesmos clichês de que os outros são maus e eles são os heróis salvadores do mundo, e daí? Tem quem goste... E ele sabe disto.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Cartilha: O Uso Responsável da Internet

Ótimo vídeo com dicas sobre o uso correto da Internet pelas crianças:

Vi esta dica no espaço : http://internetmaissegura.blogspot.com/

terça-feira, 8 de abril de 2008

Ennio Morricone : O Gênio da Música

O grande precursor da música western italiana, conhecido com Il maestro. Morricone traçou um estilo próprio para compor a música, com a utilização de assovios melódicos, corais estranhos, flauta e guitarra. Recebeu 41 prêmios pelo seu trabalho. Soube como ninguém misturar e fundir a música com o cinema de uma maneira simplesmente perfeita, como exemplo disso no filme Nuovo cinema Paradiso e em Três Homens em Conflito, e estampou suas trilhas sonoras em mais de 400 filmes e produções televisivas. Produzia estas trilhas sonoras para o faroeste feito na Itália que teve início na década de 60, quando a indústria cinematográfica daquele país resolveu faturar com um gênero já consagrado mundialmente e que há décadas vinha sendo produzido nos EUA. Surpreendentemente, essa visão européia do velho oeste revelou-se bem mais crua e verdadeira que a dos filmes americanos, nos quais os heróis, limpos e barbeados, eram exemplos de virtude. Graças ao padrão estabelecido pelos primeiros diretores italianos que se aventuraram no gênero, as tramas se desenvolviam de maneira mais direta, com um clima sombrio e tendo a vingança como temática principal. O mocinho era quase sempre sujo, mal vestido, com motivações misteriosas e poucos escrúpulos. Desta forma, o fedorento ia enfrentando vilões protegidos por um exército de bandoleiros, em cidades imundas e hostis. Este novo enfoque estimulou os compositores italianos a fugir da pompa e das grandes orquestras.
Vejam e principalmente, ouçam.Um bálsamo para o espírito, que dedico a todos os meus queridos amigos.
Doces recordações de um som.
Chega o duelo final. Coloque o som no máximo e veja. Preste muita atenção nos planos de filmagem. Sinta a angústia derradeira. E vibre!


Três Homens em Conflito

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Vestibular em foco

Vídeo muito bom sobre o estudo da obra "Vidas Secas ", de Graciliano Ramos em uma visão multidisciplinar.