sábado, 9 de agosto de 2008

EPITÁFIO


Epitáfio
Quando um homem morre é como se uma biblioteca se incendiasse.
Este foi o epitáfio que nós escolhemos para o meu pai.
Realmente, ele era uma verdadeira biblioteca.
Lendo, relendo os livros que ele me deixou, vejo tantos sonhos revelados,
compreendo o sentido de tudo o que dizia, constantemente!
Talvez, hoje eu o entenda, porque me vejo nele.
Esse silêncio do sentir herdei dele.
Emudecer diante da dor ou da extrema alegria são características nossas.
Alguns chamam de indiferença e orgulho.
Nós sabemos que não.
É apenas o nosso jeito de não incomodarmos o mundo diante da pequenez do que somos.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Eu sou o que eu leio


Mistérios inconfessáveis, às vezes leitura por prazer, ou para resolver algum questionamento. Quase sempre não satisfaz.
A leitura, para mim é assim:
Prazer, questionamentos, angústias, lembranças, emoções.
Ao folhear as páginas, vêm às lembranças e o cheiro leva-me a infância: Lobato.
Não há emoção, sensação, lembranças que dê conta do tempo.
Remexendo nas lembranças encontro Machado, Alencar, meu pai.
Um suspiro... Arrepios em Eça, Devaneios em Dumas Filho e admirar Dostoiévski .

Lembranças da infância em Beethoven, Mozart e Rachimaninoff.
Estremeço em Edgard Alan Poe.
O tempo passa,
Mas a busca continua.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

SAMBA DO ARNESTO

Vídeo clipe em homenagem ao maior sambista paulista, Adoniran Barbosa. O próprio interpreta um de seus clássicos, "Samba do Arnesto". Fotos e videos da cidade de São Paulo.Numa noite qualquer de 1955, o compositor e alguns amigos foram até o bairro paulistano do Brás, então reduto da colônia italiana, para um samba que deveria ocorrer na casa do “Arnesto”, e ‘deram com a cara na porta’.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O CIÚMES NA LITERATURA

A intensidade dramática do ciúme faz dele um tema atraente para escritores. Alguns souberam tratá-lo com maestria e produziram obras primas. Citamos o exemplo clássico de Otelo, de William Shakespeare (1603) e de três romances da língua portuguesa:Dom Casmurro, de Machado de Assis (1899), Alves & Cia., de Eça de Queiroz (1925) e São Bernardo, deGraciliano Ramos (1934).
Otelo
Como em todas as tragédias, desde sua origem na Grécia antiga, o destino trágico dos personagens centrais está traçado desde o início. Prisioneiros de suas próprias limitações pessoais e sociais são arrastados para ele e não podem mudá-lo. Otelo, o general mouro de Veneza, é prisioneiro da cor de sua pele. Por seus dotes militares, é tolerado, mas não aceito pelos venezianos, que nutrem com relação a ele sentimentos racistas. Otelo está ciente desse preconceito e se sente inseguro. Para dissimular sua insegurança, comporta-se de modo grosseiro e impulsivo, a ponto de intimidar sua própria mulher, Desdêmona. A insegurança de Otelo faz com que seja receptivo às intrigas de Iago, que desperta seus ciúmes, insinuando um romance entre Desdêmona e Cássio. O ciúme se intensifica ao longo da peça e culmina com o assassinato de Desdêmona pelo marido. Uma acuada Desdêmona não pode também fugir a seu destino, como Otelo não pode fugir do crime e de sua autodestruição. O ciúme é um tema fundamental na tragédia, pois além do ciúme de Otelo por Desdêmona, temos o de Iago por Cássio, porque este tem um posto militar superior ao seu, e o de Rodrigo, cúmplice de Iago, por Otelo, porque está apaixonado por Desdêmona. É em Otelo que se encontra a mais genial - e certamente a mais popular - definição de ciúme: ciúme é um monstro de olhos verdes (a green-eyed monster).
Dom Casmurro
Se Otelo é o clássico mundial de obras literárias sobre o ciúme, no Brasil esta honra cabe a Dom Casmurro, de Machado de Assis. Até hoje é motivo de aceso debate se Capitu traiu ou não o marido com seu melhor amigo, Escobar. A questão, no fundo, é irrelevante, pois para entendermos o perfil psicológico de Bentinho, basta sabermos que ele acredita ter havido adultério. Também é irrelevante se o fato que desencadeou o ciúme - a forma intensa com que Capitu fitava Escobar no velório deste, perturbando Bentinho a ponto de impedi-lo de pronunciar o discurso fúnebre – ocorreu na realidade ou apenas existiu na imaginação do personagem.No despertar do ciúme, teve papel certamente preponderante o sentimento de culpa que carregava Bentinho por não cumprir a promessa de sua mãe, de tornar-se padre e daí o ressentimento inconsciente contra Escobar, que o ajudara a dissuadir a mãe de seu intento, permitindo seu casamento com Capitu. A culpa e o ressentimento eram tão fortes que Bentinho esteve a ponto de suicidar-se. Não o fez e depois de ter perdido a mulher e humilhado a ela e ao filho, se tornou o Dom Casmurro do título.
Alves & Cia.
Pode-se dizer que o romance de Eça é sobre o anticiúme. Godofredo Alves, voltando mais cedo que o costume para casa, flagra a mulher Ludovina, abandonada, sobre o ombro de um homem, que lhe passava o braço pela cintura, e constata petrificado, que se trata de seu sócio, Machado. Após ofender e expulsar de casa a mulher, começa a sofrer as dores do ciúme, mas, já nas primeiras páginas Eça deixa claro que o desejo de sofrer de Alves não vai longe: Então imediatamente resolveu resistir àquele estado de perturbação e inquietação. Quis que no seu espírito reinasse a ordem; que tudo na casa retomasse o seu ar regular e calmo. Naquele momento, ainda não manifestava Alves a intenção de reconciliar-se com Ludovina, mas aos poucos esta intenção vai se formando no seu espírito e, ao final, do romance já está os três juntos, o casal e o amigo Machado, brindando seu sucesso na vida e nos negócios.
Há no romance de Eça uma crítica sutil ao capitalismo e o apego da burguesia a coisas materiais. A separação de Alves era ruim para os negócios da firma: seria mal visto na praça e perderia a colaboração de um sócio eficiente. À violência do ciúme segue-se a frieza do cálculo financeiro, a ponto de Alves duvidar até mesmo que tenha visto Ludovina em atitude comprometedora.
São Bernardo
Em São Bernardo, o tema do ciúme vem mesclado com uma crítica ao coronelismo dominante noNordeste. O Coronel Paulo Honório considera as mulheres bichos difíceis de governar, mas quer casar para ter um herdeiro. Decide que a mulher ideal seria a filha do juiz, mas indo a casa dela para pedir sua mão ao pai, encontra uma outra moça, Madalena, que lhe parece mais interessante e acaba por casar-se com ela. Professora culta e politizada, Madalena desperta desconfianças do marido, por suas opiniões e por sua atitude generosa para com os explorados empregados de suas terras. Acha que ela é comunista e comunista, sem religião, é capaz de tudo. Passa a duvidar da honestidade da mulher. Atormenta-a de tal maneira, que Madalena comete suicídio. A vida de Paulo Honorato se transforma num imenso vazio. Chega à velhice solitária, perseguida pela imagem de Madalena. Paulo Honorato era dono de terras, de gado e da vontade dos homens. Casou com Madalena, não para ter uma companheira pela vida, mas com a atitude calculada de quem está acrescentando mais um item a seu patrimônio. Este novo item tinha um único propósito: dar-lhe um filho. Mas Madalena tinha idéias e vontades próprias, não lhe pertencia porque não se submetia. Madalena era o outro que nunca teve que enfrentar e o atemorizava. Precisava então destruí-la, pois estava em descompasso com o mundo que conhecia até então. Mas só poderia destruí-la se elaborasse em sua mente que Madalena não prestava daí a pecha de comunista, mais uma crítica de Graciliano aos preconceitos da época, e de adúltera. Quando Madalena se suicida, um gesto autônomo de vontade que não esperava, dá-se conta do que havia feito e, no fim do romance, solitário, conclui: Sou um aleijado. Devo ter um coração miúdo, lacunas no cérebro, nervos diferentes dos nervos dos outros homens. E um nariz enorme, uma boca enorme, dedos enormes.

domingo, 3 de agosto de 2008

AI DAQUELES, Paulo Leminski

Ai daqueles
que se amaram
sem nenhuma briga
aqueles que deixaram que a mágoa nova
virasse chaga antiga
ai daqueles que se amaram
sem saber que amar é feito pão em casa
e que a pedra só não voa
porque não quer
não por que não tem asa.
tyu
Paulo Leminski(1944-1989)
uioiuioiuio
Uma poesia linda, linda, de um poeta paranaense, para comemorar o meu 200º post.

sábado, 2 de agosto de 2008

Mulher lê mais que homem

As mulheres lêem mais que os homens, diz a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. O estudo, elaborado pelo Instituto Pró-Livro, mostra que população está acostumada a dedicar muito pouco, ou quase nenhum tempo aos livros. Do total dos leitores, 55% são do sexo feminino, público maior em quase todos os gêneros da literatura.Os homens lêem mais apenas sobre história, política e ciências sociais. Segundo a pesquisa, a Bíblia é o livro mais lido pela população brasileira, 43 milhões de pessoas já a leram, dos quais 45% afirmaram fazê-lo com freqüência. O segundo colocado é o livro "O Sítio do Picapau Amarelo", de Monteiro Lobato, apontado como o escritor mais lido no Brasil. A lista dos escritores brasileiros mais lidos inclui ainda, pela ordem, além de Lobato, Paulo Coelho, Jorge Amado e Machado de Assis.
Fonte:Folha de São Paulo

quinta-feira, 31 de julho de 2008

LOST- 4ª Temporada


Finalmente assisti ao último episódio da 4ª temporada de Lost. Foi uma das melhores temporadas, sem dúvida alguma, a mais intrigante de todas. E o episódio final, não deixou nada a desejar e poderia muito bem ser o fim da série, mas não foi, e abriu uma nova trama... A grande novidade deste quarto ano foi a presença constante dos flash-forward ( quando a narrativa mostra o futuro), contando pedaços da história que se desenrola após o “salvamento” dos “Oceanic Six“, sobreviventes da tragédia e resgatados Deus sabe lá como… Acostumados aos flashbacks, que também continuaram aparecendo, só que bem mais raros, ficamos mais atentos à trama na ilha e as co-relações entre os personagens. Outro item muito importante: o TEMPO. Podemos ver que o tempo não corre da mesma forma dentro e fora da ilha… e isso é muito importante para a trama, explicando (e complicando também) vários segredos .
Sobre a próxima temporada? Promete focar em como eles irão voltar para ela.Mas se realmente vai ser este enredo?Só o futuro dirá...Agora é hora de esperar ansioso alguns bons meses até o início da próxima temporada...

domingo, 27 de julho de 2008

Os Melhores Filmes Infantis

Quando se trata de lista dos melhores, sempre é um tema polêmico. Isto é lógico, pois depende do gosto de cada um. Preparei esta lista baseada na preferência dos meus três filhos.Coincidentemente, a maioria dos filmes são da década de 80. Posso explicar: eram crianças nesta época, mas tenho uma filha menorzinha de 11 anos, que também a aprova. Sei que deixei de lado filmes como Harry Potter e As Crônicas de Nárnia, como também, não apresento filmes de animação, para poder apresentar-lhes em uma outra lista neste estilo, em outo momento.Mas gostaria muito que comentassem aprovando-a ou acrescentando outros a ela.
The Goonies - 1985
















Garotos que estão prestes a perder suas casas, encontram um mapa do tesouro do século XVII, que pode resolver a situação. Acabam embarcando em uma aventura quando conhecem uma família de bandidos. O filme teve a produção de Steven Spielberg e a direção de Richard Donner.
ET - 1982
Um alienígena perdido na Terra faz amizade com um garoto de dez anos, que o protege de todas as formas para evitar que ele seja capturado e
transformado em cobaia pelo serviço secreto americano.









O alienígena mais querido do planeta vai continuar emocionando os que já viram e também toda uma nova geração de crianças.
Direção: Steven Spielberg











Conta comigo – 1986
Essa obra-prima dos anos 80 é o mais perto que podemos chegar de sermos crianças novamente. A história é baseada em um conto de Stephen King (The Body) e é também a sua obra mais pessoal: tudo remete claramente a uma fase de sua vida; seu irmão morto em um acidente de carro.
Na trama, quatro jovens amigos ficam sabendo do paradeiro de um cadáver de um jovem desaparecido a poucos quilômetros de onde moram e, visando serem vistos como heróis por todos na pequena cidade, decidem achar o cadáver e fazer dele a ponte para o sucesso noticiário. O filme teve a produção de Bruce A. Evans, Raynold Gideon e Andrew Scheinman e direção de Rob Reiner

Esqueceram de Mim - 1990
O caçula de uma família fica sozinho em casa e precisa enfrentar dois ladrões que farão de tudo para assaltar sua casa. Dirigido por Chris Columbus e produção de John Hudges.
A primeira vez que eu assisti a este filme, nas cenas mais engraçadas, parava o filme para rir tudo o que tinha direito. E às vezes voltava a cena para rir de novo... Sensacional.












De Volta para o Futuro- 1985
O diretor Robert Zemeckis conta a história de um jovem que viaja para o passado por obra de um amalucado inventor e termina por servir de cupido para seus próprios pais. Com Michael J. Fox e Christopher Lloyd.












Ratinho Encrenqueiro- 1997
Você vai se deliciar com este sucesso que a crítica considerou "uma diversão fantástica para adultos e crianças". Os azarados irmãos Lars e Ernie Smuntz (Nathan Lane e Lee Evans) não pensam muito na velha mansão que herdaram... até que descobrem que sua dilapidada propriedade vale milhões. Mas antes de entrar no dinheiro, eles precisam se livrar do único e teimoso morador: um minúsculo e resistente ratinho. E então o que parecia brincadeira de criança torna-se uma batalha de desvairadas proporções. Produção: Bruce Cohen, Tony Ludwig e Alan Riche e Direção: Gore Verbinski.















Gremlins – 1984 Nunca os molhe. Mantenha-os afastado da luz forte. E o mais importante, por muito que ele chore, por muito que ele peça, nunca, mas nunca lhe dê comida depois da meia noite. Com estas instruções misteriosas, deram a Billy Peltzer o seu novo animal de estimação. Ele vai ter mais do que aquilo que comprou. Gremlins é um filme divertido e… assustador. Se num momento de fechar os olhos de medo, logo de seguida o faz rir a bandeiras despregadas. Mantenha a cabeça fria, saboreie uma boa ceia à meia noite e… aproveite o espetáculo. Direção Joe Dantas e produção de Michael Finnell.
Labirinto – A Magia do Tempo - 1986
Sarah tinha acabado de fazer um terrível desejo: ela queria que seu pequeno irmãozinho fosse levado por duendes, e seu desejo se tornou real! O Rei dos Duendes - Jareth - (David Bowie) em um rápido movimento transportou o garoto para seu castelo a fim de torná-lo um duende. Agora Sarah deve resgatá-lo, mas isto significa entrar no castelo dos Goblins, e se encontrar face a face com o poderoso Jareth. Entre Sarah e o castelo existe "O Labirinto", um mundo mágico e hipnotizante de interruptas saídas de mistério e de feitiço excitante! Um mundo onde todos os tipos de truques e de encantadoras criaturas travessas desaparecem por todos os cantos! Entre com Sarah dentro de um mundo de mistério e fantasia, ENTRE NO LABIRINTO!
Direção de Jim Henson












Os Caça- Fantasmas - 1984
Um grupo de parapsicólogos desempregados decide se unir para formar os Caça-Fantasmas, que têm como grande missão livrar Nova York de um ataque de fantasmas, monstros e outras criaturas do além. Dirigido por Ivan Reitman e Produção de Ivan Reitman.

A Família Buscapé- 1993
O mais inacreditável choque de culturas acontece nesta história hilária que descreve as mudanças na vida da Família Clampett que fica rica da noite para o dia quando descobrem petróleo no pântano atrás de seu casebre em Ozark. Incentivada a se mudar para Beverly Hills, a inocente e trabalhadora família é a isca perfeita para charlatões, impostores e aproveitadores. Um filme muito divertido. Direção de Penelope Spheeris.

Menção honrosa:
Todos os filmes de super heróis, como: Super Man, Homem Aranha, Batman, X Man

sexta-feira, 25 de julho de 2008

BATMAN- CAVALEIRO DAS TREVAS

Quarta-feira fui assistir ao filme mais esperado do ano:"Batman - O Cavaleiro das Trevas” e pelo jeito, todos estavam ansiosos como eu, pois fazia um bom tempo que eu não enfrentava fila para ver um filme. Depois de ler alguns comentários nas revistas “VEJA” e na “ISTO É”, além de verificar os blogs notei quase uma unanimidade: todas críticas são positivas e a maioria afirma que o trabalho de Ledger é fenomenal, deixando Jack Nicholson, que se considerava imbatível, muito decepcionado. Alguns esperavam ir ao cinema e encontrar só diversão, mas o filme surpreendeu pela densidade do tema e a seriedade dos personagens, chegando a ser quase filosófico, mas os fãs defendem dizendo que só agora Nolan retoma o tema dos quadrinhos sem distorções.
Quinze anos depois de seu lançamento, o livro "Batman - O Cavaleiro das Trevas", escrita e desenhada por Frank Miller, finalmente ganha a sua esperada continuação. A história, que trazia o Homem-Morcego já na casa dos cinqüenta anos, foi considerada uma doideira total na época - e acabou por se tornar um clássico do gênero.
Quando criou o personagem em 1939 para a editora DC Comics, o jovem desenhista Bob Kane não tinha a menor idéia das proporções que sua criação tomaria. Além de zilhões de aparições em quadrinhos nestes últimos 60 anos, o Homem-Morcego virou filme (dois ótimos e dois péssimos), uma ridícula - apesar de cult - série de TV (aquela do "Pow! Sock! Blam!") e uma dezena de desenhos animados, entre muitas coisas mais. Mas apesar de toda essa exposição e usurpação de sua imagem pela mídia, ainda existem aqueles que levam o tema a sério. E não são poucos.
Trecho do livro:
Gotham City era formada por frias lanças de concreto iluminado pelo luar, varrida pelos ventos e insondável, desvanecendo-se em nuvens de luzes urbanas, brumas alvas e úmidas, milhas abaixo de mim. (...) Uma sombra caía atrás de mim. Asas próximas e quase silenciosas. (...) O luar banhava suas costas, os ombros enormes, percorria o pescoço musculoso rumo ao crânio, atingindo o triângulo de uma das orelhas pontiagudas de morcego. Erguia-se no espaço, asas abertas, e depois caía. Agora transformadas em tremulante capa, as asas envolviam o corpo de um homem. Ele passou por mim, e sua sombra, deslizando através das paredes, crescia até tragar prédios inteiros iluminados pelas brumas cintilantes. A sombra mesclava-se com a névoa. Desaparecia."

quarta-feira, 23 de julho de 2008

BRANCA DE NEVE


Uma análise crítica do conto de fadas "Branca de Neve", feita por Márcia Tiburi, integrante do programa Saia Justa. Ela também é professora universitária de Filosofia e escritora. Vale a pena assistir o vídeo: