quarta-feira, 9 de abril de 2008

Cartilha: O Uso Responsável da Internet

Ótimo vídeo com dicas sobre o uso correto da Internet pelas crianças:

Vi esta dica no espaço : http://internetmaissegura.blogspot.com/

terça-feira, 8 de abril de 2008

Ennio Morricone : O Gênio da Música

O grande precursor da música western italiana, conhecido com Il maestro. Morricone traçou um estilo próprio para compor a música, com a utilização de assovios melódicos, corais estranhos, flauta e guitarra. Recebeu 41 prêmios pelo seu trabalho. Soube como ninguém misturar e fundir a música com o cinema de uma maneira simplesmente perfeita, como exemplo disso no filme Nuovo cinema Paradiso e em Três Homens em Conflito, e estampou suas trilhas sonoras em mais de 400 filmes e produções televisivas. Produzia estas trilhas sonoras para o faroeste feito na Itália que teve início na década de 60, quando a indústria cinematográfica daquele país resolveu faturar com um gênero já consagrado mundialmente e que há décadas vinha sendo produzido nos EUA. Surpreendentemente, essa visão européia do velho oeste revelou-se bem mais crua e verdadeira que a dos filmes americanos, nos quais os heróis, limpos e barbeados, eram exemplos de virtude. Graças ao padrão estabelecido pelos primeiros diretores italianos que se aventuraram no gênero, as tramas se desenvolviam de maneira mais direta, com um clima sombrio e tendo a vingança como temática principal. O mocinho era quase sempre sujo, mal vestido, com motivações misteriosas e poucos escrúpulos. Desta forma, o fedorento ia enfrentando vilões protegidos por um exército de bandoleiros, em cidades imundas e hostis. Este novo enfoque estimulou os compositores italianos a fugir da pompa e das grandes orquestras.
Vejam e principalmente, ouçam.Um bálsamo para o espírito, que dedico a todos os meus queridos amigos.
Doces recordações de um som.
Chega o duelo final. Coloque o som no máximo e veja. Preste muita atenção nos planos de filmagem. Sinta a angústia derradeira. E vibre!


Três Homens em Conflito

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Vestibular em foco

Vídeo muito bom sobre o estudo da obra "Vidas Secas ", de Graciliano Ramos em uma visão multidisciplinar.

domingo, 6 de abril de 2008

Tapinha não Dói - Paranóia ou Mistificação?

Em primeiro lugar temos que decidir: a música “Tapinha Não Dói” estaríamos falando de arte ou não? E se for arte, portanto estaríamos vendo a historicamente odiosa repressão aos artistas?

Não quero aqui defender esta música, pois inclusive tenho sérias restrições à estética do “Funk”, mas quando Monteiro Lobato produziu uma crítica conceituando o artista como sendo de duas espécies: Uma composta dos que vêem normalmente as coisas e em conseqüência disso fazem arte pura, guardando os eternos ritmos da vida, e adotados para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres. Quem trilha por esta senda, se tem gênio. A outra espécie é formada pelos que vêem anormalmente a natureza, e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os períodos de decadência: são frutos de fins de estação, bichados ao nascedouro.
Criticava Anita Malfatti pela sua arte inspirada nos futuristas, cubistas e impressionistas da época. Mal sabia ele, que também, mais tarde seria estudado e classificado esteticamente ao lado da pintora ao escrever “Urupês”, e criar a figura do “Jeca Tatu”. Ele também estava imbuído das idéias modernistas da época e deixou-se influenciar pelo que via ao seu redor e acabou fazendo de sua arte a concretização de suas emoções estéticas.
Não sou crítica de arte, apenas uma professora de Literatura, a música julgada também não me agrada, porém reconheço a força estética da violência na arte brasileira contemporânea, ao menos na literatura. Obras recentes como “Cidade de Deus”, “Carandiru”, a premiação de “Tropa de Elite”.
Definir arte é impossível, como atesta François Werren: ninguém sabe o que é arte. Evidentemente não seria numa ação judicial que se encontraria essa definição.
Segundo Bérgson, cabe ao artista captar a realidade, pois sendo ele mais sensível enxerga o que outros não vêem. Eis a função da arte: captar a realidade humana de maneira que as ciências jamais conseguiriam, e agradar ou não as pessoas. A arte contemporânea não poucas vezes choca fortemente as pessoas. E a estética da violência não está somente nos funks brasileiros. Estão nos filmes americanos, nos livros, letras de músicas, raps, rocks e muitas destas sem o tom de humor do funk “Tapinha não dói”, mas tudo isso ocorre sem que haja censura econômica em que a jurisprudência mostrou. O grande problema é que a realidade atual é de violência.
Por melhor que sejam as intenções dos autores da ação e do julgador procurando manter os altos valores, estão fazendo o que a história de injustiças nos conta: veja a prisão de Oscar Wilde por homossexualismo, O julgamento de Goethe, em Madame Bovary, os que incendiaram Giordano Bruno, os que queriam a solução final para os judeus, os homens de Stalin ao mandarem os “traidores” aos Gulags e aos pelotões de fuzilamento.
O que nos choca, na realidade, é ver uma crescente censura maculando a tradição de liberdade de expressão enraizada como direito do povo brasileiro.

Crítica completa: Paranóia ou Mistificação? Monteiro Lobato.

sábado, 5 de abril de 2008

Conscientização aos motoristas

Essa propaganda foi feita pois 30% das mortes, de 1994 até 2005, nas rodovias aconteceram por não respeitarem o limite de velocidade.Comercial bem forte para conscientizar motoristas a respeitarem o limite de velocidade nas rodovias na Irlanda.

Estamos precisando de um desses por aqui. É um tapa na cara de quem gosta de dirigir rápido.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Rebecca - A Mulher Inesquecível (1940)


Considero este filme a obra-prima de Hitchcock.
Interpretada por Joe Fontaine, protagoniza uma simples acompanhante. Conhece e se casa com um rico nobre inglês, chamado 'de Winter' nada mais, nada menos que (Laurence Olivier), do clássico “O Morro dos Ventos Uivantes”. Quando vai morar na mansão de seu esposo, e que agora também será dela, descobre que ele é viúvo de uma mulher, amada e admirada por todos da região e morta de forma trágica. Gradativamente, ela se vê à sombra da antiga esposa, tendo que se vestir igual a ela, ter os mesmos hábitos e tudo mais. Tudo controlado pela sinistra Sra. Denvers, que mais parecia um fantasma na história.
A submissão de nossa protagonista ao novo mundo em seu redor era tanta que nem um nome fixo ela possui. Era conhecida apenas como a Senhora de Winter, exatamente como a outra esposa era chamada. O filme foi premiado com a estatueta de Melhor Filme naquele ano.
O filme inicia-se na Europa em que somos apresentados a dois personagens distintos: um homem rico que atende pelo nome de “DeWinter”, e uma dama de companhia, uma história de amor é desenvolvida. Tudo acontece de uma forma inesperada para ela, que não tem idéia alguma sobre com quem está se casando. O casal chega em “Maderlay”, mansão de “Winter” e a vida de casado começa, mas como viver em uma casa assombrada pelo fantasma da ex-esposa do marido? O filme é riquíssimo em todos os aspectos, vai da construção dos personagens, dando um destaque para a governanta, extremamente desagradável, aparecendo e desaparecendo de repente dos lugares e caminhando com seu vestido preto até o chão, parecendo um fantasma. A atriz “Judith Anderson” protagoniza vários dos melhores momentos do filme. O filme ainda conta com uma direção de arte incrível com um cenário tenso e assustador. “Hitchcock” inova em seu filme de estréia nos EUA e prova porque é chamado de mestre do suspense. Ele inova uma vez ao manter a trama amarrada em apenas uma reviravolta, ele inova outra vez em fazer um filme em que a grande protagonista( Rebecca), não aparece em sequer uma cena. “Hitchcock” fez muitos filmes bons após este, mas superar “Rebecca” ele só conseguiria 14 anos depois com “Janela Indiscreta”.
Interessante notar que após esta produção muitas outras saíram. Uma foi a novela da rede globo “A Sucessora”, protagonizada por Suzana Vieira, com um enredo muito parecido com Rebecca. Já havia percebido em muitas novelas, não só da Globo, como os escritores baseiam-se em filmes antigos para criarem tramas espetaculares. Talvez imaginem que só eles vêem estes filmes antigos, preto e branco. Esquecem-se de que existem cinéfilas, como eu, apaixonadas por estes clássicos incomparáveis.
Minha cena favorita deste grande clássico, a atual esposa descobre o quarto de Rebecca, ainda intacto, entra a terrível governanta e a humilha , quando mostra toda opulência que Rebecca mantinha em seus ármários, fazendo-a perceber a diferença entre ambas e a superioridade de Rebecca e o quanto era impossível substituí-la. Esta cena, quando assisti pela primeira vez impressionou-me muito, assombrou-me como uma menina pequena. Agora, compreendo como é perturbador substituir alguém, ou ser substituída... A personalidade tóxica de Rebecca que enche o ar e a obsessiva governanta que menosprezava a coitada o tempo todo.
Este filme é perfeito: os atores, a música, a fotografia, o suspense… Tudo é perfeito.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Literatura comercial


Sofro de um problema que eu denomino nostalgia intelectual. Nem gosto de comentar muito sobre isto para não ser tachada de arrogante. Não me orgulho disto e estou tentando me curar. O principal sintoma é não aceitar nada de 1960 para cá. E isto vale também para muitas obras pedagógicas e de estudos literários. Torço o nariz para toda arte que passa desta data. Salvo alguns poucos (que nem quero citar). Assim, vivo dizendo “antigamente era melhor” e em conseqüência, nem acabo conhecendo, TALVEZ, algo de bom que estejam produzindo. Nunca é tarde para mudar, ainda me curo...

terça-feira, 1 de abril de 2008

Estética e cultura Nazista


A imagem do exército alemão já veiculado para a sociedade germânica, na qual este é reconhecido pelos seus valores dos quais é representado é transformado no orgulho do símbolo floresta-exército. Assim ela cria tomadas aonde o preto e branco, brilho e sombras, são usadas em alto contraste, um recurso de criação de significados que marca a cena do filme.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Construa sua Marca Pessoal On-line


A internet tornou nossas vidas mais expostas, e ter uma boa reputação na rede pode ser crucial na hora da avaliação de um projeto ou uma entrevista de emprego.
Mas o que você pode fazer HOJE sobre isso?
Pesquise seu próprio nome.
Coloque seu nome (entre aspas) na miraculosa caixinha de pesquisas do Google, e veja a qualidade dos resultados. Seu nome aparece de forma positiva e relacionada à sua atividade profissional? Comentários construtivos? Artigos escritos? Ou as únicas referências são listas de candidatos eliminados em concursos públicos ou, muito pior, participações em fóruns de caráter duvidoso?
De qualquer modo, é bom que você descubra primeiro que seu futuro chefe ou cliente.
Crie um perfil profissional
É bem provável que você já tenha um perfil no orkut, mas invista também em redes sociais de caráter profissional, como a linkedin, facebook e a brasileira Via6.
Tenha seu próprio domínio
Domínios são os endereços da internet. Você pode ter um domínio gratuito agora mesmo, sem nenhum custo, utilizando o Blogger, (para ter o domínio seunome.blogspot.com), ou Wordpress (para ter o domínio seunome.wordpress.com).
O Blogger é mais tradicional, conhecido e bem rankeado pelo Google (afinal, pertence ao Google), e o Wordpress é o que oferece mais recursos, tanto em termos de opções de publicação e criação de páginas, quanto de personalização.
Entretanto, a melhor solução para sua marca pessoal é comprar um domínio, como seunome.com.br, seunome.com, ou seunome.net, e contratar uma hospedagem profissional. Não é de graça, mas os custos são baixos, e ser proprietário de seu endereço sugere ao seu prospector que você também é dono de seu destino na internet, bem como de sua carreira.
Use o email do seu próprio domínio
Especialmente se a sua carreira não for intimamente ligada a uma organização, um endereço de email no estilo contato@seunome.com causa uma impressão melhor do que os milhares de serviços públicos disponíveis, especialmente aqueles que você precisa soletrar.
Adicione uma assinatura ao seu email. Se quer que as pessoas o encontrem e façam negócios, facilite o contato. Adicione uma assinatura automática no rodapé do seu email com nome completo, cargo/profissão, telefone, celular e site.
Use o seu site para criar uma network. A internet facilita os relacionamentos, especialmente em nível de prospecção e contato inicial. Pesquise quais são as pessoas mais influentes da sua área que têm sites próprios. Coloque links em seu site, envie emails, comente os artigos mais interessantes, escreva também sobre temas já tratados por estes profissionais, e coloque um link em seu texto para que o leitor possa aprofundar a leitura. Agindo de forma proativa e generosa, em alguns meses seu site também será notado e, se tiver conteúdo e qualidade, passará a ser uma referência para os outros, ampliando sua rede de contatos profissionais.

Tenha um slogan e uma definição profissional.

Um slogan é uma frase de impacto que ajuda o seu nome a cavar um espaço na memória de outras pessoas. Crie uma frase curta que resuma o propósito de seu trabalho. Pode se dar plena liberdade em criatividade, originalidade e paixão.
Sua definição, ao contrário, deve ser mais racional e descritiva. Escreva em um parágrafo, que um leitor normal consiga ler em menos de 30 segundos, quem você é, qual o seu perfil profissional, e o que você pode fazer.
Disponha seu slogan e sua definição profissional em um local bem visível do seu site, de modo que o visitante, dando uma rápida olhada, pode decidir conscientemente se deve ou não continuar a leitura.
Crie conteúdo de valor.
Com todos estes procedimentos, é bem provável que sua marca on-line melhore consideravelmente e, quando um prospector pesquisar seu nome, encontre primeiro a sua versão sobre seu perfil profissional.
Mas há aqui uma outra oportunidade, ainda melhor.
A partir do momento em que você possui seu próprio espaço na internet, pode escrever sobre seu ramo de atividade, tornar seu ponto de vista mais relevante e, se for bem sucedido, tornar-se uma referência em sua área.
Escrevendo bons artigos, sua visibilidade on-line se expande rapidamente, pois outros profissionais lerão seu conteúdo e escreverão a respeito dele em seus respectivos blogs. Se mantiver continuidade em sua produção e demonstrar conhecimento de causa, com o tempo será reconhecido como um especialista na área, ganhará visibilidade e, naturalmente, acesso a novas oportunidades.
O que você já fez para melhorar sua marca pessoal online? Compartilhe nos comentários!

sábado, 29 de março de 2008

As minhas vilãs

Estava navegando na blogosfera e vi nos comentários de alguém que o vilão preferido dele é o Darth Vater, tudo bem ele até pode ser um vilão bem terrível, mas pensei: E as vilãs? Existem duas categorias de vilãs , uma em desenhos animados e outras nos filmes clássicos hollywoodianos. Nos desenhos animados, ninguém melhor que a Malévola , em A Bela Adomecida de Walt Disney, porque ela tem classe , bom gosto para se vestir, usa o estilo gótico, fala com garbo. Nos filmes clássicos ninguém melhor que Bette Davis,seus papéis eram de mulheres fortes, independentes e corajosas, na maioria das vezes não se importava em interpretar mulheres comuns, feias e desglamourizadas, assassina, a megera que maltratava outras mulheres ou desprezava os homens. Todas eram grandes "bitches" que eu traduzirei aqui como "megera", referindo-se a uma mulher que precisa ser durona, precisa saber se impor num mundo de homens preconceituosos onde ela não ganha espaço para viver se não for "a tapas".
Alguns de seus melhores filmes (e meus preferidos):
1934
OF HUMAN BONDAGE
"Servidão Humana" :A primeira megera
1939
DARK VICTORY

"Vitória Amarga": A megera que se humaniza
1940
THE LETTER
"A Carta": A megera assassina
1941
THE LITTLE FOXES
"Pérfida":A maior de todas as megeras
1942

NOW, VOYAGEm
"A Estranha Passageira:"A megera sofredora
1949
BEYOND THE FOREST
"A Filha de Satanás"A Megera Adúltera
1950
ALL ABOUT
"A Malvada":A megera diva da Broadway
1962
WHATEVER HAPPENED TO BABY JANE?
"O que Aconteceu com Baby Jane?"A megera enlouquecida

Selecionei dois vídeos para você analisar e ver se tenho razão ou existem outras melhores...

A Bela Adormecida:



Dirigida por William Wyler, Bette controlou ao máximo seus maneirismos mais famosos (o fechar e abrir as mãos constantemente, os olhos arregalados em momentos de maior fúria ou tensão... nem fumar nesse filme ela faz!) e construiu uma mulher altamente fria e gananciosa (embora estranhamente sensual) nessa adaptação da peça de Lillian Hellman. A cena em que ela deixa seu marido morrer (pois ela se recusa a ir buscar seu remédio) é maravilhosamente interpretada (e muito tensa) pois Davis está de costas para a ação (o marido que tenta subir as escadas para pegar o remédio) e ela não se move e é através de seus olhos que sentimos a tensão do momento. Dentre todos os seus filmes (dentre aqueles que foram construidos em torno dela) esse é o que apresenta a melhor atuação de Bette Davis.