sábado, 8 de março de 2008

Os cabelos e o Cinema

Os cabelos sempre se constituíram como excelente adorno do rosto, tidos historicamente para a mulher como símbolo de sedução. Não é só vaidade, cabelo mostra a personalidade da pessoa. Além de funcionar como moldura para o rosto, os cabelos, especialmente os compridos, têm um forte componente de feminilidade. Em qualquer enquete entre o público masculino, é o comprimento predileto. Sempre foi assim. O escritor Machado de Assis já enfatizava a sensualidade das longas mechas de Capitu. Muitas mulheres gostariam de adotar um corte curto, mais prático para o dia-a-dia. Mas acabam sucumbindo ao comprido porque é o que eles preferem. Nos anos 70, fortemente influenciadas pelo filme "ROMEU E JULIETA", a moda dos cabelos foram longos e muito compridos. Era muito difícil conseguir o visual da atriz Olívia Hussey. Quem procurava a autenticidade absoluta não hesitava em dormir com o cabelo todo preso em volta da cabeça com grampos(touca), para obter o efeito liso, obrigatório no visual da época. Os longos fios deveríam ser lisos, brilhantes e negros. Nos anos 70, Olívia Hussey mexeu com as cabeças das meninas. Regina Duarte, a namoradinha do Brasil, utilizou este estilo vários anos. Hoje vemos algumas mulheres que ainda adotam e continuam a despertar a atenção dos homens com este visual. Uma delas é a personagem Débora da novela "Duas Caras".
Assistam o vídeo e observem os lindos cabelos da atriz. Além disso, a cena de amor é incomparável.

sexta-feira, 7 de março de 2008

"150 anos de conquista"



Ao longo dos anos as mulheres têm desempenhado diversos papéis na sociedade, sempre conquistando novos direitos e espaços e assumindo ao mesmo tempo várias funções, dentro e fora de casa.

Ao Sabor do Olhar: Ao Sabor do Olhar (19) - Sobre a Mulher - Olhares

Ao Sabor do Olhar: Ao Sabor do Olhar (19) - Sobre a Mulher - Olhares

quinta-feira, 6 de março de 2008

Dio Come ti amo


Esta música faz parte de minha adolescência, ou seja, do século passado e foi a música que marcou meu primeiro namoro. Assisti ao filme que tem o mesmo nome com ele e a família inteira cuidando. É sempre bom ter lembranças e essa música na época foi um sucesso. Gostaria de compartilhar com vocês.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Hollywood e seus figurinos maravilhosos


“Este Post é uma homenagem a nós, Mulheres.”
O poder de sedução do cinema é tão grande que algumas roupas saem das telas e se tornam ícones de moda. Na década de 1930, Chanel ganhou 1 milhão de dólares para criar o figurino de três filmes dos estúdios MGM. Um grande sucesso foi o guarda-roupa sensual de Gilda, de 1946. No período pós-guerra, se vestir como a personagem-título era tudo o que as mulheres desejavam.
Mas o look mais famoso até hoje é o pretinho que Audrey Hepburn usou em Bonequinha de Luxo, criado pelo francês Hubert de Givenchy ele foi um marco dessa década e continua atual. O filme abre com uma das mais famosas cenas da história. Quando, logo ao amanhecer, um táxi, em plena Nova York, deserta, da década de 60, pára em frente da joalheria Tiffany e uma garota vestida em um elegante longo preto – com colar de pérolas enormes de quatro voltas e enormes óculos solar preto, desce e em plena vitrine da joalheria, tira de uma embalagem, um baggels e um enorme copo de café e começa a comer. É a cena que imortalizou a carreira da atriz – símbolo absoluto de elegância e classe. Impulsionou o glamour minimalista, sóbrio e sexy ao mesmo tempo. Além do mais, é o filme que sinalizou o preto como a cor fetiche pelos elegantes da nova geração (Chanel avisou isto lá nos anos 20, viu? Mas, este filme renova os votos).
Um ano depois, ela arrasou multidões, novamente, com o filme Cinderela em Paris, produção de 1956, dirigida por Stanely Donen. Hoje os maiores sucessos são os vestidos de festa, que, como num conto de fadas, transformam a mocinha em uma mulher maravilhosa, como Jennifer Lopez em Encontro de Amor, de 2002.
Um vestido imortalizou Marilyn Monroe. Pertence ao filme O Pecado Mora ao Lado, produção de 1955, dirigida por Billy Wilder e criado por Billy Travilla – figurinista responsável por outros clássicos de Marilyn, como o vestido rosa de Os Homens Preferem As Loiras – que Madonna copiou para usar no vídeo da música Material Girl. Quando Marilyn aparece com vestido branco plissado, dançando rapidamente em cima de um respiradouro de metrô, sua imagem entrou para a história do cinema. O sucesso da imagem de Marilyn naquele vestido branco é tão forte, que, na maior homenagem que poderia existir, cópias do vestido se multiplicaram e hoje ele é um exemplo de roupa de fantasia – seja de festas temáticas de cinema ou em shows em todo o mundo.
Os modelões glamourosos de Grace Kelly, nos filmes Ladrão de Casaca e Janela Indiscreta – de Hitchcock em 1954, influenciou toda a moda dos anos 50.
Das produções mais recentes, o vestido vermelho de Julia Roberts, em Uma Linda Mulher é muito comentado; o mini-vestido branco de Sharon Stone, em Instinto Selvagem; a noiva de Drácula de Bram Stoker - que o estilista Lino Villantura se inspirou para sua coleção para o Verão 2008; o vestido vermelho escarlate de Nicole Kidman de 1899, em Moulin Rouge (2001)e o glamour dos modelos dos anos 20, de Chicago (2002).
Maria Antonieta, produção de 2006, dirigida por Sophia Coppola e com figurinos de Milena Canonero, foi o filme mais comentado pelos fashionistas nos últimos tempos pela quantidade de lindos vestidos que reproduziram o século XVIII.

Cena do filme" Bonequinha de Luxo".



terça-feira, 4 de março de 2008

NEGRINHA


É uma narrativa em terceira pessoa, impregnada de uma carga emocional muito forte. Sem dúvida alguma é um conto invejável. É interessante considerar aqui alguns pontos: a obra narra às condições subumanas em que a menina era obrigada a viver. Sua temática transcende vários conflitos humanos: uma criança criada como um bicho-gente, uma patroa má que descarrega suas mágoas na menina, a conseqüência de uma abolição fictícia. O tema da caridade azeda e má, que cria infortúnio para os dela protegidos, um dos temas recorrentes de Monteiro Lobato; outro aspecto que poderia ser observado é o fenômeno da epifania, a revelação que, inesperadamente, atinge os seres, mostrando-lhes o mundo e seu esplendor. A partir daí, tais criaturas sucumbem, tal qual Negrinha o fez. Ter estado anos a fio a desconhecer o riso e a graça da existência, sentada ao pé da patroa má, das criaturas perversas, nos cantos da cozinha ou da sala, deram a Negrinha a condição de bicho-gente que suportava beliscões e palavrórios, mas a partir do instante em que a boneca aparece, sua vida muda. É a epifania que se realiza, mostrando-lhe o mundo do riso e das brincadeiras infantis das quais Negrinha poderia fazer parte, se não houvesse a perversidade das criaturas. É aí que adoece e morre, preferindo ausentar-se do mundo a continuar seus dias sem esperança.
"Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados. Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças."
Tendo sido selecionado por Ítalo Moriconi e consta de "Os cem melhores contos brasileiros do século", editora Objetiva — Rio de Janeiro, 2000, pág. 78 .

Ler o conto completo acessando o link abaixo:
http://intervox.nce.ufrj.br/~valdenit/lobato.htm

domingo, 2 de março de 2008

Irmã Selma ( do MAL)

No ano passado, na abertura do último Seminário Temático do PDE, na UEL, fizeram a apresentação deste vídeo para nos motivar a enfrentar mais um dia inteiro de palestras. Mas o que eu pude observar é que não passa de uma metáfora daquele professor que odeia a sua profissão.
O vídeo nos mostra a irmã Selma, que é um dos personagens mais engraçados interpretado por um dos atores do grupo teatral "Terça Insana", talvez um dos melhores grupos humorísticos do Brasil.Tem vários videozinhos deles pelo YouTube, mas esse é o meu favorito. A irmã Selma! Veja, não vai se arrepender, certeza!

"Porque eu acho que cuidar de crianças é uma coisa que relaaaaxa a gente!" (Irmã Selma)




CLARICE LISPECTOR


Programa 30 Anos Incriveis da tv cultura, apresentação de Gastão Moreira. Última entrevista com Clarice Lispector dada ao jornalista Junior Lerner para o programa Panorama em 1977.


sábado, 1 de março de 2008

A cena mais memorável de Apocalipse Now

O extraordinário ataque de um esquadrão de helicópteros com a música de Wagner, “As Valquírias”.

Obra-prima de um Coppola profundamente inspirado pelo "O Coração das Trevas", de Joseph Conrad.
Uma pequena visão da loucura e desumanização da guerra. Uma das obras primas do cinema ao som de Wagner. Verdadeira antologia daquilo que o ser humano esconde dentro e é capaz. O Horror e o terror moral sobre os males do imperialismo, como uma história sobre a participação do Americano no Vietnã. Francis Ford Coppola criou um trabalho de arte tão poderoso e que assombra tanto quanto a obra original, melhor de muitos filmes feitos sobre o conflito do Vietnã.
Coppola procurou "criar uma experiência que fizesse o público sentir o que era o Vietnã: a urgência, a loucura, a diversão, o horror, a sensibilidade e o dilema moral da guerra americana mais surreal e obscura". Uma das coisas mais impressionantes é a ausência de efeitos especiais. "Há um realismo que não pode ser duplicado com efeitos digitais e computadores”. Todos os helicópteros eram reais, não eram miniaturas ou desenhos. Todos estavam lá voando e isso transmite uma força real. É um épico turbulento, alucinante e terrificante. E mata-se ao som das Valquírias.
Prêmios: Oscar de Melhor Fotografia e Som.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O Uso da Música Clássica em Filmes e outros Eventos

O uso da música erudita em filmes contribui para popularizar a música clássica? O que deveríamos dizer ao rei bávaro Ludwig II, se estivesse vivo, sobre a Disney ter copiado seu Neuschwanstein, feito por ele em honra às óperas de Richard Wagner, para fazer o lar da Cinderela? Fazer o quê?Depois da obra publicada não tem jeito. O criador, que até então era senhor absoluto, vê, indefeso, sua criação escapar-lhe por entre os dedos.Outro caso alemão, o mais célebre por sinal, é o da 9a Sinfonia de Beethoven. O gênio a compôs quando já estava completamente surdo e nem desconfiava sobre para quais fins ela seria usada. Pois em 1942 Josep Goebels, o ministro da propaganda de Hitler, escolheu a Nona como trilha sonora da superioridade ariana. Outra obra de Beethoven, a famosíssima 5a Sinfonia, é muito usada pelo cinema, pela publicidade e pelo teatro para dar um ar de suspense. A bela atriz Bo Derek correu como nenhuma outra pela praia no filme "Uma mulher nota 10" (Ten, 1979, EUA) ao som de "O Bolero" (1928) de Ravel. Outra obra que se tornou bastante conhecida por ter sido tema de um filme, neste caso o "Fantasma da Ópera" (The Phanton of the Opera,1925) com Lon Chaney e baseado na obra de Gaston Leroux , foi "Toccata e Fuga em D menor" do organista e compositor barroco Johann Sebastian Bach. Muito hilária é a cena do barbeiro judeu interpretado por Charles Chaplin barbeando um cliente no mesmo ritmo da Dança Húngara, n 5 de Brahms numa cena de "O Grande Ditador" (The Great Dictator, 1941, EUA).O caso mais interessante da popularização da música clássica é "Assim falou Zaratustra" (Also sprach Zarathustra, 1896) do compositor e maestro alemão Richard Strauss, inspirado numa obra homônima (escrita entre 1883 e 1885) de seu compatriota o filósofo Friedrich Nietzsche, a qual pondera as idéias do "eterno retorno" e da futura vitória do "super-homem" sobre a moral cristã. Esta música foi usada pelo diretor Stanley Kubrick como tema para"2001-Uma Odisséia no Espaço" . Nele também foi usado um trecho da valsa "Danúbio Azul" (1867) do compositor, violinista e maestro austríaco Johann Strauss, filho. Sem parentesco com Richard. "Assim falou Zaratustra", da mesma forma que a Nona Sinfonia, é amplamente usada só que em vez de o público associa-la ao seu compositor, como no caso de Beethoven, o filme de Kubrick é que vem às mentes das pessoas. Talvez seja por isso que o Banco Itaú, há algum tempo, usou-a como trilha sonora de um comercial de TV. O banco queria estar associado ao futuro. É interessante ver uma música erudita e já com mais de cem anos simbolizando hoje o futuro que ainda está por vir. A propósito, Stanley Kubrick também recorreu aos clássicos ao usar a 9a Sinfonia em seu filme "Laranja Mecânica" (A Clockwork Orange,1971, EUA). Há casos brasileiros; quem não se lembra do comercial dos desodorantes Vinólia usando sempre "A Primavera" (de "As Quatro Estações"), obra de Vivaldi. Mas o caso mais interessante, não para muitos ouvintes e os donos de emissoras de rádio, é a abertura (protofonia) da ópera "O Guarani" de Carlos Gomes. A história de Peri e Ceci do romance de José de Alencar é diariamente usada como prefixo pela Voz do Brasil. Pois é...aquela música que antecede o desligamento do rádio é um, se não o, maior sucesso da musica clássica brasileira em todo o mundo. A maioria das pessoas tendem a ver a música clássica como sendo elitista. Pois, criou-se o pensamento de que é preciso ser especialista para poder ouvi-la. E isso é terrível.Isso tudo é compreensível, afinal "clássico" vem do latim, classicus, e significa "de primeira classe". E tudo o que permanece pela qualidade, originalidade e universalidade. Com a passagem do tempo continuam agradando, surpreendendo, emocionando. Vivem retornando e sendo ajustados a novas realidades. Como disse o poeta romano Janus Vitalis (1485-c.1560) na sua célebre epigrama "De Roma" (Sobre Roma): "Disce hinc quid possit fortuna: immota labascunt,/ Et quae perpetuo sunt agitata manent", isto é, "Assim age a Fortuna: o que há de firme passa/ e o que sempre se move permanece".
Fonte: baseado no artigo de Adriano Medeiros Costa.


Cena Preciosa: