O que eu observo é que a grande mudança que colaborou para as conquistas femininas veio após a participação política pelo direito de voto, logo a seguir veio a descoberta dos anticoncepcionais, separando em definitivo o sexo da reprodução e a absorção da mulher pelo mercado de trabalho.
Acho que após essas duas conquistas as mulheres sairam de seus casulos e despertaram para tudo o que podiam e tinham o direito de fazer, e essa é a mulher do terceiro milênio, que saiu para o mundo, mas levou a casa nas costas, acabou assumindo muitas tarefas e em consequência sentem-se solitárias e psicologicamente desamparadas, em situações que a emancipação econômica, sozinha, não pode resolver.
Na década de 60, tiveram a revolução sexual, mas agora, estão no auge de uma revolução intelectual e assumindo cargos importantes em todos os setores, mas ainda assim, trabalham, cuidam de filho, da casa, dos negócios, numa correria estressante. Por isso, o que está faltando em uma sociedade onde a relação de poder sempre foi essencialmente masculina, seja o que o professor Nilton Santos afirma: "Não basta outorgar direitos. O importante é propiciar, na sociedade de consumo, o acesso a estes direitos."
No passado as mulheres abriram os caminhos para sua emancipação, hoje estão concretizando seus ideais; resta somente à juventude quebrar alguns estigmas que ainda permanecem e renovar essas relações, para então caminharmos rumo a um mundo que seja mais justo e marcado pela igualdade.
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